Introdução aos textos de Carlos Campos:
As cartas a um “Amigo Professor " têm lugar quando me torno uno com a minha parte sagrada, a essência divina que fala através do meu Guia Lucas, uma área imaculada da mente que está para além da razão do homem comum. Quando permito este estado de consciência, vou ao encontro do divino que habita em mim, é quando as minhas “asas” retomam a sua verdadeira força, é como se saísse do casulo do silêncio, para conversar com o meu “Amigo Professor”.
"Meu querido Amigo Professor lembro-me que ensinaste a partilhar, a dar e a receber.Temos esquecido as suas belas lições, lições de nos fazia viver cada momento da vida numa partilha constante.
Professor, não quis o calendário nervoso dos homens passar mais uma página dos seus longos anos, sem que mais catástrofe se abatesse sobre este planeta, de seu nome Terra.
As acções de solidariedade aconteceram um pouco por todo este mundo de homens, desatentos ás leis implacáveis do Universo, desatentos e automatizados à grande roda gigante em que todos se agarram para não desafiarem a sociedade, para não serem apontados como as ovelhas negras de uma sociedade que se diz perfeita e democratizada. Vem à minha memória o tempo em que o Professor nos ensinava, e, nunca o ouvi pronunciar esta tão estranha palavra, palavra criada para iludir os crédulos, aqueles que se detêm perante o poder aparente de outro homem. Estranha esta maneira de viver!
Falam em partilha, mas não se desfazem das muitas riquezas para ajudar aqueles que passaram pela a angústia da dor. Estranho! Como pode alguém vir falar à janela de um grande “palácio cheio de riquezas”, dizendo que o mundo tem de ser solidário na ajuda a irmãos como nós, que sofreram no corpo as agruras do tempo. Pergunto eu?
Meu Amigo Professor, no meu estado de inocência, porque continuam os homens a construir “palácios de fé!” construídos por pedras frias e distantes, construídos para alimentar a vaidade humana, quando na realidade não passam de artifícios montados por um ego egoísta, distante e autoritário, que passa ao lado da vida humana?
Mais um “palácio de fé” está a nascer entre nós, para eliminar os ditos “pecados”, de uma sociedade decadente e sem projectos. Para alimentar homens de vestes “esquisitas”, que se pavoneiam pelo mundo dos homens como detentores de uma verdade que eles não conhecem. Se querem na realidade construir um “palácio” para que todos se “abriguem” e ajudar os que sofrem, vendam todas as riquezas que espoliaram ao longo de séculos de violência, sexo escondido, hipocrisia, vaidade, e de distanciamento dos homens, antes que isso aconteça não falem de partilha.
Em vez de automóveis de luxo e carros à prova e bala, e vestes pomposas feitas em alfaiatarias de luxo, e cordões e anéis de ouro, caminhem a pé com vestes simples e sem adornos trabalhados na forja, pelas esquinas da vida, a dar força àqueles que não têm força para se levantar, isso sim é partilha.
Professor, se assim fosse, hoje mesmo, muitos desistiam desta vida de verdadeiro apostolado, outros porém, os verdadeiros apóstolos ficavam. Mas a sociedade dos homens não reconhece os verdadeiros apóstolos, a sua bagagem é simples, como simples é a sua vida.
Acredite meu Amigo Professor, que muitas vezes pergunto a mim mesmo, porque quis novamente voltar a este espaço de sofrimento? Depois, quando ultrapasso a razão, começo a entender porque voltei. Todos temos que evoluir através das nossas experiências de vida, experiências que ainda não estão entendidas, que ainda não estão pacificadas dentro de nós.
Não importa que existam “palácios de fé”, de crenças e de riqueza construídos por mãos humanas, o tempo que o homem criou os vai destruir. Não posso nem devo alterar estas mentes ligadas ainda aos muitos desejos, ás muitas vaidades humanas. Se o fizesse, estava a interferir nas suas experiências, estava a interferir na sua evolução como seres espirituais que temporariamente estão a fazer uma experiência num corpo, estava a resistir aos ensinamentos do meu Amigo Professor.
Mas posso neste momento, solidarizar-me em estado de Amor profundo com todos aqueles que estão a sofrer no corpo, a resistência e destruição que temos feito e que continuamos a fazer ao planeta em que vivemos.
Diz a história, que Judas traiu Jesus por alguns dinheiros. Judas pensou: se o vou trair, vou saber o seu segredo.
O segredo é que Jesus tinha a Sabedoria, Sabedoria que o fez revelar como um Cristo que vive para sempre dentro do próprio homem.
Judas é necessário para o drama da vida humana, através dele o homem descobriu o seu Cristo interior – o EU SOU.
Judas revela que enquanto o homem tiver um desejo, ele não o realiza. Mas desde que o desejo morra pela sua aceitação, do seu bem, uma sensação de libertação e de Paz se abate sobre o homem, uma sensação de repouso do grande Guerreiro.
Só peço que todos os que estão a sofrer pelos cantos do mundo, se “abriguem” no EU SOU, que habita no interior de cada homem.
O Professor disse-nos que uma palavra a mais num livro de sabedoria é alimento para o ego, é alimento para a vaidade humana, e eu ainda estou a pacificar o meu, por isso ainda aqui estou.
O meu Amigo Carteiro adormeceu enquanto escrevia esta carta. Já não há carteiros pacientes como ele, para quem o tempo e o espaço não existem.
Amigos até à volta do correio se o Deus em que acredito o permitir, mas onde quer que eu esteja, estou vivo. "
Mensagem canalizada por Carlos Campos.
VEJA AS ENTREVISTAS DO AUTOR NO SAPO ZEN:
Carlos Campos viveu no estrangeiro durante dezasseis anos, e regressou a Portugal há vinte e três. Depois de uma grande mudança na sua vida, passou por um período de interiorização e revelação, em que foi ao fundo do seu âmago fazer a sua busca pessoal e intransmissível. Essa busca intensa levou-o a aprofundar o ser humano na sua verdadeira essência. O resultado dessa busca fê-lo assumir a sua verdadeira identidade tornando-se Professor de Meditação com Visualização Criativa. Em 2001 editou o seu primeiro livro “Contacto com o Meu Guia”, daí resultou escrever o seu primeiro Workshop “Viagem ao Encontro do Teu Guia Interno”. Em 2004 escreveu o Workshop “As Doze Revelações da Consciência”.
Em 2006 escreveu o Workshop “Magia da Cura pelas Mãos”; assim como a segunda edição do livro “Contacto com o Meu Guia”. Em 2007 escreveu o Workshop “Falar com Deus...As Oito Caixas”. Em 2008 editou o seu primeiro CD de Meditação: Cura o teu Corpo; Cristal de Cura; Libertar o Passado. Em 2009 vai ser editado o seu segundo livro “Shikoba” – “Então eu existo para Ti - conversas com o Deus em que eu acredito…”
O seu trabalho baseia-se essencialmente na ajuda ao ser humano, que procura uma via espiritual para encontrar o seu caminho. É um trabalho em que o ser humano é colocado como observador de si mesmo. Daí que é um trabalho lento, porque a mente humana não muda tão rapidamente como imaginamos. O “lixo” que acumula ao longo de séculos, não desaparece com um toque de magia, mas sim com um trabalho interno e intenso, em que a Paciência a Perseverança e a Disciplina, fazem parte da evolução dos que não querem ser apenas esperança, mas que querem aproveitar todos os momentos de Felicidade que a Vida lhes dá. Somente o Amor é eterno, tudo o resto é temporário.
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