Vários estudos científicos, especialmente os relacionados à física quântica nos afirmam que estamos a viver em um mar de energias e exactamente por esse motivo estamos todos conectados. O espaço que nos parece vazio, na realidade, está repleto de energias. Estamos a entrar na Era de Aquário e isso nos obriga a reflectir sobre novas descobertas e novas maneiras de lidar com a saúde e a doença. O trabalho de desenvolvimento e expansão de nossas consciências é absolutamente necessário para podermos compreender e promover através de um esforço diário a união entre psique e corpo, espírito e matéria, homem e Universo.

Se nos encontramos todos conectados uns aos outros neste mar de energias, não há como haver separação neste nosso imenso Universo. Há uma pergunta que sempre me intriga e que lanço a todos, que é: será que o peixe percebe a existência da água? Cada célula de nosso corpo está em uníssono com cada estrela ou planeta do Universo. Pertencemos todos a um único sistema com dinâmicas e movimentos idênticos. Tudo funciona como uma grandiosa orquestra, onde cada nota tocada ressoa ao restante do sistema. Como dizia o grande filósofo Platão:
"É esse o grande erro de nosso tempo. Os médicos mantém separada a alma do corpo".

Sendo assim será importante fazermos uma profunda reflexão sobre os motivos que existem por trás do desequilíbrio que estamos imersos, sobre a verdade irrefutável que é a unidade da vida. Em todos os tratados ocultos, e especialmente em um deles denominado “As Cartas dos Mahatmas”, encontramos a seguinte frase: "É um dos postulados fundamentais do esoterismo o de que matéria e espírito são uma mesma coisa, não se distinguindo senão por suas respectivas manifestações e pelas percepções limitadas que são as do nosso mundo sensível".

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E hoje, através dos postulados da física quântica podemos comprovar algumas citações ocultas de muitos milhares de anos atrás. É importante que paremos para reflectir profundamente sobre o desequilíbrio que todos vivemos e sua relação com nossa negação a essa divina unidade que somos. Há uma necessidade real e efectiva desse reconhecimento. Há grande necessidade de avaliarmos a importância que temos dado à forma exterior e ao mundo objectivo, comandados apenas por nossos sentidos inferiores e nossa percepção mundana. Se assim continuarmos, perderemos a chance de entrar com o pé direito na nova era, de desenvolver a sensibilidade necessária para nos conectarmos de forma consciente aos mundos subtis e superiores, além de desenvolvermos ilimitadamente nosso amor e corações.

Precisamos reflectir sobre a necessidade de nos abrirmos para uma nova percepção de mundo e do ser humano, de que somos todos participantes do mesmo Universo. Se continuarmos condicionados a antigos valores não conseguiremos perceber a importância de darmos um passo à frente em nosso processo evolutivo. A melhor maneira que possuímos para comprovar essa conexão é a prática da meditação. Dessa forma, abrindo os canais sensíveis poderemos observar cuidadosa e diariamente os efeitos da emoção e dos nossos processos psíquicos sobre nossos corpos, nosso equilíbrio e nossas vidas em geral.

Hoje nos deparamos diariamente com pessoas de nosso convívio ou mesmo familiares, passando por processos depressivos e males da ansiedade como a síndrome do pânico, o transtorno obsessivo compulsivo, a bipolaridade e outros tantos desequilíbrios que podem acometer a qualquer um de nós. Todos nós reconhecemos os estragos que esses processos causam em suas vítimas. E que os traumas, que vivemos há muito tempo atrás, permanecem registados em nossas psiques e células, enquanto os reprimimos inconscientemente.

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Existe um excelente livro da conhecida ocultista Alice A. Bailey, A Cura Esotérica, onde ela faz a seguinte citação:
"Todas as doenças são efeito da desarmonia entre forma e vida. O que une forma e vida (...) é a alma no homem e o si humano. Quando é falho o alinhamento entre estes dois factores, alma e forma, vida e expressão, sujeito e objecto, insinua-se a doença".

Nesta etapa de nosso processo evolutivo como almas humanas que somos precisamos nos aperceber até onde nossa ignorância (no sentido de ignorar) nos levou. Parar para reflectir sobre todo processo de doença e desequilíbrio que todos vivemos diariamente. Quase todos nós experimentamos, em algum momento de nossas vidas, essa sensação de desequilíbrio. E é exactamente por isso que devemos decidir fazer alguma coisa por nós mesmos e por nossas vidas. Esta é a era da consciência e por isso da auto responsabilidade. Responsabilizar-se pelo resultado de nossas vidas é nossa maior tarefa neste momento evolutivo. Aprender e nos apropriar da certeza de que somos seres unificados e que tudo em nosso mundo e ao nosso redor funciona a partir da energia, seja esta condensada (com baixa vibração) ou volatilizada (com alta vibração). E a partir dessa tomada de consciência começar a recuperar um estado natural e de direito, de maior saúde, bem estar, equilíbrio e felicidade.

Infelizmente, ainda precisamos aprender através da dor, de crises e sofrimentos individuais e colectivos. Mas certamente acabaremos por perceber que cometemos alguns erros e que eles estão se revertendo contra nós mesmos e contra o nosso planeta. É inegável que existe algo que não funciona mais da maneira como funcionava antigamente e que estamos recebendo um chamado para que através de uma nova consciência possamos construir uma nova realidade. Se pararmos para reflectir perceberemos a insatisfação cristalizada em nossos corações. A mudança e a reconstrução de uma nova vida a partir da expansão de nossa consciência depende de cada um de nós. Precisamos apenas decidir dar esse passo adiante. Nos responsabilizar por nossas atitudes, palavras, pensamentos e sentimentos e elevar definitiva e totalmente a vibração das energias em nossas vidas, nossas relações e nosso planeta. Reflicta e decida-se. Que tal começar já?

Eunice Ferrari

www.euniceferrari.net

E-mail: eunice.ferrari@sapo.pt