Continuo a observar a necessidade que muitas pessoas ainda têm de obter respostas prontas, fáceis, querendo queimar etapas para atingir um glorioso objectivo qualquer que lhes preenche o ego e as torna muito "espirituais".
Lembro e relembro, porque faz parte de mim lembrar ou relembrar que o trabalho de despertamento interno, de abertura de consciência, de ganho de compreensão é um processo que pode durar 1 segundo (muito raramente), muitos meses, muitos anos, muitas vidas (o mais comum).
Aperfeiçoar as nossas capacidades, dons e qualidades é o trabalho feito ao longo de vidas, quer disso tenhamos consciência e memória ou não, quer concordemos ou não.
Não há retornos, nem garantias de nada. Não há castigos ou recompensas. Não há prémios no final, porque não há princípio, logo não há fim.
Quem quer saltar etapas no caminho é aquela parte (ou partes) de nós que não está em verdade, em amor, em paz, em respeito por si mesmo. É aquela parte de nós que não tem vontade real de se comprometer consigo mesma, logo não tem capacidade de se comprometer com os outros ou com alguma coisa. Logo tem dificuldade em concretizar e realizar o seu potencial máximo.
Ninguém se torna espiritual. Somos todos espíritos encarnados em corpos ou veículos, se quiserem. Aqui estamos a aprender como é ser-se humano. Quem é o espírito quando habita este corpo físico, sujeito a diversas limitações? Como reage? Como fala? Como gere os seus desafios? Como anda? Como se comporta? Como lida com as emoções? E assim por diante. Isto é trabalho de cientista cósmico.
Mas esquecemo-nos ao que viemos. Confundimos tudo. Perdemo-nos de nós e da Fonte Suprema. Cortamos a ligação com o Todo. E bem assim, com todos os nossos irmãos humanos, irmãos animais, irmãs árvores, irmãos plantas, irmãs pedras...
Voltar a acender a chama do coração, para a religar com as outras chamas é o trabalho que aqui viemos fazer.
Aho
Eva Veigas
Numeróloga Transpessoal
evaveigas@sapo.pt
http://evaeleven.blogs.sapo.pt
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