O mundo é um espelho do nosso interior.

A frieza que ainda vemos lá fora no mundo é a frieza em que ainda vivemos dentro de nós.

E muito pior que a frieza de que somos capazes uns para com os outros é a frieza que temos para com as nossas próprias dores, com a nossa criança interior e para com as nossas feridas.

Não fomos ensinados a olhar para dentro e a validar o nosso mundo interior, emocional e espiritual. Não nos ensinaram que há tempos para chorar e tempos para rir, que há momentos para estarmos acompanhados e tempos para estarmos sozinhos.

Fomos ensinados a viver à superfície, com os pés bem assentes na areia sem deixar a água passar da cintura ou corremos o risco de sermos arrastados por uma qualquer onda mais forte.

Assim crescemos e nos deixámos ficar na ilusória segurança da superfície abafando no entanto a enorme frustração de não sermos capazes de entrar mar adentro e de podermos sentir a liberdade e a adrenalina dos surfistas a descer as ondas.

Assim à beira da praia, vivemos nós com as nossas emoções.

Seguros de que não nos afogamos mas frustrados porque não vivemos.

Da mesma maneira que o que de melhor vemos no mundo e em muitos seres humanos na sua já resgatada capacidade de amar, de confiar e de sentir, também essas energias existem em nós bem escondidas por trás de máscaras, medos, vergonhas e inseguranças. Que desperdício!

Se alguém nos tivesse dito que o nosso sucesso no mundo, a verdadeira alegria de viver estava apenas dependente de descobrirmos e amarmos esse maravilhoso mundo interior feito de luz e sombra, tantas escolhas teriam sido diferentes, verdade?

No entanto a alma não tem idade e importante mesmo é que algures na sua viagem evolutiva, quem sabe para muitos aqui na vida presente, chega o momento de levar este trabalho interior a sério.

Temos então um litígio para resolver.

A sociedade moderna convida-nos a manter a máscara perfeita e a despender toda a energia e recursos que temos para a manter.

O nosso espírito convida-nos a libertá-la e a revelar a nossa verdadeira natureza e quem na realidade somos. Tanto no nosso melhor como no nosso pior.

Não é fácil fazer a transição, mas também não é assim tão difícil. 

É um compromisso que decidimos honrar e que acreditamos valer a pena tal como tantos seres humanos seguem rituais religiosos acreditando que lhe irão trazer o milagre ansiado.

Sermos fieis a nós próprios e não à máscara é uma escolha que trará o seu retorno.

Tal como quem vive para a máscara negando a sua natureza interna também terá o seu.

Cada um de nós fará a sua escolha...

Muita coisa muda na nossa vida quando decidimos fazer esta transição. Mas uma das mais essenciais é resgatar a nossa capacidade de sentir.

Sentir na sua vertente mais nobre não o sentir de vitimização, ressentimento ou sofrimento. Sentir na sua vertente mais nobre é a aceitação de que a dor (não o sofrimento!) é essencial à nossa purificação energética e evolução na escala emocional. É ela que nos irá alquimizar as resistências da máscara e nos religar ao espírito pois só a partir dela a verdadeira abundancia é possível.

Pessoas que não se permitem chorar ou se fragilizar estão ainda identificadas com a sua máscara.

Chorar, emocionares-te, fragilizares-te, mostrares a tua vulnerabilidade  é então um sinal de que já fizeste o compromisso com a tua verdade, que já decidiste não alimentar mais a máscara em detrimento da tua verdadeira natureza

É sinal que já fizeste a transição do que é superficial para a tua profundidade. Fragilizar é sinal que o bem estar a verdade da tua alma é bem mais precioso e sagrado do que o que quer que o mundo diga ou pense de ti... lágrimas  oriundas de um processo crescimento e de maturidade interior, da morte de mais um pedacinho do nosso ego, são então água sagrada que tem o poder tanto de nos purificar a nós como de levar ao outro a lembrança e oportunidade que ele o pode e deve fazer também.

“Não posso chorar em publico, ninguém me vê a chorar, os meus filhos não me podem ver a sofrer, os meus pais nem imaginam a minha tristeza, no trabalho estou sempre de boa cara, etc,etc,etc“. Infelizmente não são raros estes desabafos, por isso se queremos de facto que o mundo mude para melhor, temos que começar a fazer a nossa parte, a relembrarmos aos tantos que pelos vistos esqueceram o que é ser afinal um simples e transparente Ser Humano.

Bem Hajam

Vera Luz

Sobre a autora:

Vera Luz, Autora e Terapeuta de Regressão e Orientação Espiritual:

Dou consultas de Regressão à Vida Passada, Criança Interior e Eu Superior.

Sou facilitadora do Workshop “Do Drama para o Dharma”, baseado no meu primeiro livro, onde nos propomos, através de vários exercícios e meditações, a um maior autoconhecimento e consciência de quem somos, donde viemos e o que andamos cá a fazer.

Há mais de 10 anos que o meu trabalho e compromisso é relembrar a cada um o propósito por trás dos eventos da nossa vida, trazer a Verdade ao de cima, ajudar cada um a sentir o lado sagrado da vida.

 E mais importante ainda é lembrar sempre que:

"A mudança que tanto desejamos, tem que começar dentro de nós..."

Sou autora dos livros;

-     “Regressão a vidas passadas”

 -    "Do Drama para o Dharma”

 -    "A cabeça pergunta a Alma responde”

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