O mundo da moda está de luto. Iris Apfel, um dos maiores ícones da área, morreu aos 102 anos. A celebridade e especialista em têxteis ficou conhecida pelo seu estilo extravagante ao misturar peças de alta costura com acessórios que comprava em feiras. Os óculos pretos e dramáticos tornaram-se a sua imagem de marca.
Não ficando indiferente a esta morte, Manuel Luís Goucha fez uma partilha sobre a mesma no Instagram.
"Tenho pena de não a ter conhecido para além do que me é dado, e já é bastante, através dos artigos e documentários que sobre ela se escreveram e fizeram (Netflix), e onde a própria se expõe falando do seu jeito de ser e viver", começa por referir.
"É nova-iorquina e toda a sua vida foi empresária e decoradora de interiores, tendo sido sempre um ícone da moda, uma 'starlet geriátrica' como gostava de se assumir. Licenciou-se em História da Arte e foi na decoração de interiores que encontrou uma das suas grandes paixões", continua.
"Junto com o marido Carl Apfel (que morreu em 2015, com 100 anos), viajou por todo o mundo à procura de tecidos únicos e perfeitos para os seus projetos. Assinou inúmeras decorações para as maiores celebridades do mundo do espetáculo e da alta sociedade nova-iorquina chegando a ser igualmente da sua autoria a da Casa Branca", destaca ainda.
"O seu gosto pela moda passava pela irreverência e mesmo pioneirismo. Quando jovem, 'na época em que os dinossauros ainda habitavam a terra', como costumava gracejar, foi das primeiras mulheres a usar jeans. Da mãe terá escutado um dos mais valiosos conselhos: 'tenha um vestido preto e invista nos acessórios. Serão eles a transformar esse mesmo vestido preto em diferentes modelos!'.
Assim descobriu o poder dos acessórios, comprados não importa onde, e que sabiamente continuou a misturar com peças de vestuário impressionantes desde as tribais às mais exclusivas, assinadas pelos maiores nomes da alta costura internacional", escreve ainda.
"Faleceu aos 102 anos. Que VIDA!", diz, por fim.
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