O antigo produtor de Hollywood Harvey Weinstein, preso por violação e agressão sexual, tem cancro na medula óssea, noticiaram os meios de comunicação social norte-americanos na segunda-feira.

Weinstein, de 72 anos, acusado em setembro de mais uma agressão sexual, sofre de leucemia mieloide crónica e está a ser tratado numa prisão de Nova Iorque, afirmaram os canais de televisão NBC News e ABC News.

Este diagnóstico segue-se a uma série de problemas de saúde do antigo poderoso produtor do cinema norte-americano, cuja queda desencadeou uma onda de choque global, libertando as vozes de muitas vítimas e expondo a violência sexual e sexista contra as mulheres.

O antigo diretor dos estúdios Miramax acaba de ser submetido a uma "intervenção cirúrgica ao coração", encontrando-se "fora de perigo", disse um dos seus representantes, Juda Engelmayer, em setembro.

Durante uma breve comparência num tribunal de Manhattan, a 18 de setembro, a propósito da nova acusação de agressão sexual a uma mulher em 2006, apresentou-se pálido e fraco, numa cadeira de rodas.

Esta acusação, decidida por um grande júri - cidadãos que participam no julgamento juntamente com os procuradores - vem juntar-se a uma longa lista de acusações desde 2017, pelas quais já foi julgado e condenado duas vezes, em Nova Iorque e Los Angeles.

Mais de 80 mulheres acusaram Harvey Weinstein de assédio, agressão sexual ou violação, incluindo as atrizes Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd.

O antigo diretor dos estúdios Miramax deverá ser novamente julgado em Nova Iorque, depois da sentença de 23 anos de prisão em 2020 pela violação da atriz Jessica Mann e pela agressão sexual de uma assistente de produção Mimi Haleyi, ter sido anulada por um tribunal de recurso no final de abril.

Esta surpreendente reviravolta foi vista como uma afronta e um passo atrás para o movimento #MeToo.

Harvey Weinstein continua detido, uma vez que também foi condenado em 2023 a 16 anos de prisão em Los Angeles por casos separados de violação e agressão sexual. Recorreu e nunca admitiu publicamente nada além de relações consensuais.

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