Ligamos a televisão e vemos diariamente notícias sobre violência, principalmente entre crianças. Entramos em choque quando percebemos que há, cada vez mais, violência iniciada por crianças e adolescentes.
Os casos de bullying são assustadores e as taxas de suicídio na adolescência aumentaram muito nos últimos anos.
Adelaide Miranda, Life Coach de Alta Performance, acredita que é dever dos adultos encontrar formas de desenvolver a empatia entre as crianças e reduzir os números assustadores de violência.
“É urgente mudarmos este padrão comportamental. Chegamos ao ponto em que as crianças, para além de não conseguirem gerir as suas emoções, fogem delas através da violência. A violência é um escape para não lidarem com o que realmente as incomoda. Uma criança que claramente não sente empatia pelo outro, não consegue colocar-se no seu lugar nem medir as consequências dos seus atos.” refere Adelaide.
É importante, essencial e obrigatório incutirmos a empatia nas crianças. E, para isso, a Life Coach deixa aqui 4 dicas, que poderão colocar em prática de imediato.
Dica 1: Dar o exemplo
Essa mudança tem que começar pelo nosso exemplo! De que adianta falar se agirmos de forma contrária? Fala de outras pessoas em frente aos miúdos de uma forma “incorreta”? Ri-se de estranhos? Goza com as pessoas em frente aos miúdos? Não as valoriza? Preste atenção às suas ações e seja o exemplo. Lembre-se que as crianças aprendem mais facilmente pelo exemplo do que por palavras. Fale com respeito e dirija-se às pessoas com respeito e empatia.
Dica 2: Dar nome às emoções
A maioria das crianças sente que as emoções são tabu, porquê? Porque nós adultos também não falamos sobre elas. Há que falar sobre as emoções de forma positiva e entender que não existem emoções negativas, mas sim ações negativas. É a forma como reagimos às emoções que traz a positividade ou a negatividade.
Dica 3: Ensinar a boa educação
Não permita que as crianças pelas quais é responsável se dirijam a si, ou a outra pessoa, de uma forma desrespeitosa. Lembre-se que a empatia começa em casa. Não é de forma alguma aceitável falar com as pessoas num tom elevado ou com agressividade.
Dica 4: Fazer entender que o seu comportamento afeta os outros
Uma das grandes lições que podemos dar é a de que as nossas ações têm sempre um impacto nos outros. Antes de fazermos qualquer coisa, devemos questionar se essa ação será benéfica para nós e para as pessoas que nos rodeiam. Quais as consequências dos nossos atos? Devemos ter sempre consciência dos nossos atos.
Lembre-se que, a mudança que queremos ver no mundo começa no nosso seio familiar. Se cada um de nós fizer a sua parte, vamos fazer a diferença. Por isso, comece hoje a fazer essas mudanças, começando onde pode, na sua casa.
Comentários