De acordo com o mais recente estudo realizado pela My Nametags sobre tendências de nomes próprios e comportamentos relativos à natalidade, os portugueses acertaram nos nomes mais escolhidos em 2020 – encabeçados por Maria, Leonor, Francisco e João – sendo que os economes parecem estar a ganhar terreno em Portugal com metade dos inquiridos (49%) a indicar como uma tendência que veio para ficar.
Os dados revelam, no entanto, que a criatividade só se resume aos nomes e não aos nascimentos, dado que 89% dos inquiridos indicou não ter tentado ter filhos este ano e a maioria (72%) considerou que a taxa de natalidade vai diminuir devido à pandemia e instabilidade económica associada.
Sobre a caracterização dos participantes, a maioria são mulheres (78%), com idades distribuídas entre os 26 e os 35 anos (32%) e residentes em Lisboa (29%).
Economes – celebração da simplicidade, neutralidade e comunhão com o ambiente
Os economes têm uma ligação forte ao mundo natural e ao ambiente e são normalmente escolhidos por pais com grande consciência ambiental que esperam criar crianças enraizadas com a natureza e que vivam em comunhão e respeito pelo planeta.
Não sendo a regra em Portugal, este tipo de nome é muitas vezes unisexo e “sem género” ou “género não-binário”, características às quais estes pais dão prioridade.
Eis a lista dos economes preferidos dos inquiridos:
1. Aurora
2. Flor
3. Estrela
4. Sol
5. Mar
6. Rosa
7. Lua
8. Luna
9. Céu
10. Margarida
11. Luana
12. Alba
13. Ilha
14. Flora
Quanto aos nomes já registados em Portugal, estes foram os principais resultados por ordem decrescente de registo:
1. Margarida
2. Rosa
3. Flor
4. Luz
5. Aurora
6. Estrela
7. Teara
8. Sol
Um ou dois nomes próprios?
Aos 49% dos inquiridos com filhos, foi perguntado se os seus filhos tinham um ou dois nomes próprios, ao qual 63% responderam que tinham apenas um nome próprio e 42% responderam que tinham dois nomes próprios.
Taxa de natalidade comprometida em Portugal?
Foi questionado aos inquiridos se tinham tentado durante o ano de 2020 ter filhos ao que 89% respondeu que não, e apenas 12% disse que sim.
Tendo em conta as respostas anteriores, não é de estranhar que, em relação à influência da pandemia na taxa de natalidade, 72% dos inquiridos considera que vai haver um decréscimo na natalidade.
Dos inquiridos que considera que vai haver um decréscimo, as principais razões indicadas são: os níveis económicos das famílias, e principalmente dos jovens; em todas as faixas etárias, o impacto financeiro da pandemia da COVID-19 e receios associados à saúde.
Outras razões indicadas são a tendência geracional para ter menos filhos e o stresse associado ao trabalho e à vida das pessoas em geral nos dias de hoje.
Para os mais otimistas que consideram que a natalidade vai aumentar (28%), a maioria pensa que está relacionado com o aumento do tempo passado em casa devido às restrições decorrentes da pandemia COVID-19.
Previsão dos nomes mais registados em 2021
Sobre a tendência de nomes para 2020, o nome feminino mais referido foi Maria e o masculino foi João, sendo que os mesmos nomes foram indicados como os mais prováveis em 2021.
Questionados sobre os nomes feminino e masculino que pensam que vão ser mais registados em 2021, eis o TOP 15:
Sobre as características que os inquiridos atribuem aos nomes femininos, a maioria refere a simplicidade, intemporalidade e a beleza do nome, mas também o facto de serem tradicionais/clássicos e tendências/modas.
Nos nomes masculinos os inquiridos caracterizam-os como tradicionais e simples, populares e clássicos, à semelhança dos nomes femininos. Também é referido o estatuto e poder do nome assim como um nome associado à inteligência.
Uma característica relevante algumas vezes indicada é a religião, sendo que existe essa associação mais nos nomes masculinos.
A fonte de inspiração para os nomes, 69% dizem ser de nomes de família, 43% de filmes, séries ou livros, 37% de filhos de pessoas famosas, 32% da religião e 19% relacionados com a natureza. Ainda 4% referiu outras fontes de inspiração, como o facto de serem nomes tradicionais ou vistos como uma tendência/moda.
O futuro desta tendência de dar economes aos bebés, cerca de metade (49%) dos inquiridos pensa que veio para ficar, enquanto que 25% não acredita que persista.
Quando questionados sobre o contexto pessoal, 12% gostava de dar um econome a um filho, ainda que apenas 3% tenha dado um econome a um filho – indicando nomes como Margarida e Rosa.
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