O processo, consultada hoje pela agência Lusa, indica que a mulher, uma costureira de 29 anos presa preventivamente, abanou o bebé "de forma violenta", com o alegado propósito de conseguir que parasse de chorar.
Fê-lo ao longo de quatro dias, em outubro de 2018, até lhe causar síndrome de bebé abanado (‘shaken baby’).
O bebé começou por ser levado a um centro de saúde, foi reencaminhado para o hospital de Vila Nova de Famalicão e transferido para os Cuidados Intensivos do hospital central de São João, no Porto.
"Sofreu traumatismos no cérebro, em consequência dos deslocamentos violentos deste contra as paredes do crânio, causados pela forma violenta como a arguida o abanou", resume o Ministério Público (MP), na acusação.
O MP acrescenta que "depois de exames, de uma TAC [Tomografia Axial Computorizada] e ressonâncias magnéticas, os médicos confirmaram múltiplas lesões e hemorragias" na criança.
Ainda segundo o processo, no saco de maternidade da mulher foi encontrada, no dia em que o bebé teve alta no hospital de São João, "uma faca de cozinha, com comprimento total de 31 centímetros, sendo 20,5 centímetros de lâmina".
A arguida está acusada e pronunciada por dois crimes de violência doméstica agravada.
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