As medidas de contenção da pandemia também constituem potenciais fatores de risco para a saúde mental, tendo sido identificados sintomas de stress pós-traumático, confusão, raiva, medo, culpa, ansiedade, irritabilidade e/ou tristeza.

Se as pessoas andam naturalmente mais frustradas, cansadas, ansiosas e irritadas é natural que ocorram mais discussões e conflitos entre casais.

A par disto, os casais podem também experimentar alterações na satisfação com a relação de modo mais intenso e frequente.

Assim pode ser importante:

  • Reconheceres as exigências da situação. Esta é uma experiência stressante e por esse motivo é fundamental que cada um esteja atento aos seus sinais de ansiedade e stress, considerando que o outro pode ter uma experiência diferente;
  • Envolveres-te em atividades positivas que aumentam a intimidade e a proximidade;
  • Adequares as expectativas relativamente ao que é possível fazer numa situação de crise e incerteza. Aqui também se aplica a necessidade de adequar as expectativas no que toca à intimidade sexual;
  • Dedicar tempo de qualidade ao outro e estar presente;
  • Dedicares tempo a conectar-te com o outro;
  • Escutar ativamente;
  • Manter o foco no essencial e enfatizar o que cada um oferece à relação;
  • Afastares-te quando não aguentares mais;
  • Procurar soluções para os problemas e conflitos em conjunto como uma verdadeira equipa;
  • Partilhar responsabilidades uma vez que a partilha e divisão das tarefas podem ajudar a aumentar a satisfação de ambos com a relação;
  • Valorizares o autocuidado, não negligenciado a saúde mental;
  • Procurar, se sentires necessidade, ajuda especializada.

Um psicólogo pode ajudar, através de um acompanhamento individual ou de casal, a identificar e compreender as dificuldades sentidas na relação e a encontrar formas de lidar com elas.

Um artigo da psicóloga clínica Joana de Almeida.