É o mais antigo café da capital e conta uma história que remonta ao longínquo ano de 1782. Começou por se chamar a Casa da Neve, tornou-se anos mais tarde Casa de Café Italiana, passou a Café do Comércio, ostentou outros nomes, mas foi como Martinho da Arcada (1845) que atravessou quase dois séculos da história da sociedade lisboeta. A 7 de Janeiro último, um dos mais carismáticos cafés da Europa, celebrou 225 anos numa sessão que contou com a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Na altura a fadista Kátia Guerreiro executou um apontamento musical que recorda Fernando Pessoa o poeta “cativo” do Martinho.
Kátia Guerreiro foiacompanhada à guitarra portuguesa por Paulo Valentim, à viola por João Mário Veiga e no contrabaixo por Rodrigo Serrão.
Para além de Fernando Pessoa passaram pelas mesas do Martinho da Arcada muitos nomes ilustres, como Bocage, Eça de Queirós, Cesário Verde, Almada Negreiros, Columbano, Gago Coutinho, Duarte Pacheco.