
O Scarlett é uma marca de restauração internacional nascida na Ásia que, recentemente, decidiu expandir fronteiras e levar o seu conceito gastronómico a outras regiões do mundo. Embora todos os espaços celebrem a gastronomia de inspiração francesa e a cultura vínica, cada unidade procura adotar um conceito e posicionamento próprios, ajustados à identidade local. Se na unidade-mãe, em Banguecoque, na Tailândia, foi criado um Wine Bar & Restaurant, em Hong Kong, na China, o conceito assume a forma de um Café & Wine Bar.
Para a sua estreia europeia, a marca escolheu a cidade do Porto, onde abriu portas no verão de 2023. O restaurante chegou inicialmente à Invicta como um pop-up, mas acabou por se estabelecer em definitivo como Brasserie & Wine Bar. Este ano, no entanto, o conceito foi reformulado para algo mais informal. E por boas razões.
“Sentíamos que, ao verem o nome ‘brasserie’ associado a um hotel, as pessoas pensavam automaticamente ‘isto deve ser fine dining’ ou ‘isto deve ser caro’”, explica Catarina Gomes, responsável de PR & Marketing. Agora sob a designação Scarlett Wine & Food, o espaço pretende oferecer a todos os visitantes “boa comida e boa bebida num ambiente descontraído”.

Apesar de estar instalado no mesmo edifício que acolheu o primeiro hotel de cinco estrelas da cidade — e de partilhar a cozinha com os hóspedes dessa unidade —, o Scarlett sempre teve como objetivo atrair um público mais jovem, moderno e à procura de uma experiência gastronómica fora do convencional na Baixa portuense. O néon à entrada e toda a decoração em tons escarlate — uma referência ao nome da marca — ajudam a construir essa identidade visual arrojada. “Todos os Scarlett têm uma ligação à parte feminina. No fundo, é quase como se esta personagem guiasse o ambiente do restaurante”, acrescenta Catarina Gomes.
Para se destacar da oferta já existente no coração da cidade, o Scarlett criou experiências pensadas especialmente para os portuenses e visitantes. Uma das mais populares é a Happy Hour, que acontece diariamente entre as 17h00 e as 19h00, com uma seleção de cocktails clássicos, vinhos e espumantes a preços especiais. Durante este período, os clientes podem ainda desfrutar da sua signature bite: ostras algarvias a 1 euro a unidade, anteriormente disponíveis apenas às terças-feiras. “Esta é uma das happy hours mais diferentes da cidade”, assegura.

O horário de funcionamento independente do hotel permite ao Scarlett acolher todos os que passam pelo número 10 da Rua de Avis entre as 17h00 e as 23h00, seja para um copo ao fim do dia, um jantar relaxado ou apenas um momento de descompressão.
As novidades estendem-se também ao menu, que parte da cozinha mediterrânica, mas incorpora clássicos franceses. A sopa de cebola e a tábua de queijos estão entre as propostas assinadas pelo Chef Artur Silva, responsável pelo espaço desde o início do ano.
Entre os shares & bites e as entradas, há muito por onde escolher para abrir o apetite. Destaque para a Scarlett burrata (com abóbora Hokkaido assada, espinafres e crumble de sementes, 16€) e o signature carpaccio (polvo, funcho e maçã verde, 18€). Para quem prefere sabores mais franceses, há ainda a clássica french onion soup (consomé de aves, cebola, tosta de pão e queijo parmesão gratinado, 12€) ou as tábuas de queijo, enriquecidas com enchidos, frutos secos e compotas (a partir dos 24€).

“Como estamos numa zona turística onde vem gente de todo o mundo, a nossa preocupação foi ter um menu mais inclusivo, com opções plant-based, vegetarianas e sem glúten”, explica a responsável de comunicação.
Entre essas propostas estão o green risotto (arroz arbóreo, espargos, couve-de-Bruxelas, mini-courgettes, bimis e queijo parmesão, 22€), a halloumi salad (com espinafres, beterraba, maçã verde, abacate, romã e noz-pecã tostada, 20€) e a calliflower (couve-flor assada, tahini, molho romesco e crumble de pistáchio, 16€). Estas opções podem ser apreciadas tanto na Gallery Room — uma sala mais formal adjacente ao wine bar — como no pátio interior com vista direta para a cozinha.
Apesar de o ribeye Black Angus (34€) e o tomahawk Black Angus (50€/kg) se destacarem como pratos de assinatura, para Catarina Gomes o protagonismo vai para o peixe. “Surpreendem pela textura e pela qualidade do produto”, garante. A sua sugestão? O fresh codfish — bacalhau semi-curado com puré de ervilha e couve kale (32€).

Na secção das sobremesas, há novidades que prometem dividir os mais gulosos. A french toast, feita com pão brioche desidratado, demolhado em leite e especiarias, servida com brûlée de amendoim e molho de nata de menta (10€); e a cookie on-a-skillet, uma bolacha americana com chocolate Valrhona 80% cacau, servida quente numa frigideira com gelado de amendoim (10€), são duas apostas fortes.

Para acompanhar, o barman Henrique Carvalho criou uma nova carta de cocktails e mocktails. Há ainda mais de 70 referências vínicas, nacionais e internacionais, disponíveis num menu à parte. A ligação ao vinho estende-se também às sobremesas, que são harmonizadas com sugestões vínicas mais doces e intensas.
“Durante a tarde desconstruímos um bocadinho a sobremesa porque, às vezes, temos clientes que vêm só para provar vinho do Porto. E nós perguntamos se querem acompanhar com algo doce”, exemplifica.

Outro traço distintivo do Scarlett é a sua ligação à cultura local. O espaço apoia frequentemente residências artísticas, trazendo a arte para dentro do restaurante. Uma das mais recentes colaborações foi com o artista Ritchelly Oliveira, que transformou a wine cellar no seu estúdio durante dois meses, pintando ao vivo sob o olhar dos clientes. “Queremos ver o restaurante como palco de bons momentos, boa gastronomia, bons vinhos, mas também como palco da arte”, conclui.
Pode não ser francês de gema, nem portuense de nascença, mas o Scarlett já fala a linguagem da cidade: entre a elegância parisiense e a descontração da Invicta, afirma-se como um refúgio moderno para quem procura experiências com sabor e carácter.
O SAPO Lifestyle esteve no Scarlett Porto a convite do restaurante.
Comentários