
O que é que o whisky tem? Um conjunto de sabores capazes de despertar diferentes sensações. A complexa bebida tem milénios de história e conta com apreciadores em todo o mundo, incluindo em Portugal, tanto que uma das mais prestigiadas destilarias, a The Glenrothes, decidiu reforçar a sua presença no país.
Na passada segunda-feira, dia 17 de março, a marca, amplamente reconhecida pela qualidade superior das suas referências, fez uma apresentação no Coletivo 284, que contou com a participação de Inês Norton, que, confessando nunca ter sido uma grande fã de whisky, encontrou paralelismo entre a sua arte e esta bebida alcoólica destilada.
A artista oriunda de Lisboa adaptou algumas das suas peças para o evento que marcou o início da semana. A exposição serviu para representar a ligação da marca à natureza e ao mundo das artes.

Inês Norton acabou por ser convidada para colaborar com a The Glenrothes, por esta identificar-se com a sua abordagem. Nas palavras da marca, a sua arte "é caraterizada por uma ironia subtil que desafia paradigmas ultrapassados, propondo soluções criativas e contemporâneas".
A perspetiva é partilhada pela artista que assegura que o produto final da The Glenrothes, que provém de "aromas e camadas de complexidade", é semelhante ao que "procura expressar através do seu trabalho".

"Quando bebemos whisky, estamos a experienciar tempo, conteúdo e história", comenta a artista durante a apresentação. "Tal como nas minhas peças, convida-nos a refletir sobre os materiais, transformação e perceção", acrescenta, destacando ainda que ambos nos incentivam a prestar atenção ao detalhe. "Carregam histórias, texturas e próprios ritmos de transformação", finaliza.
Sob este mote e num ambiente imersivo, somos convidados a entrar no universo do The Glenrothes.

The Glenrothes, um universo para saborear
A The Glenrothes é mais do que uma destilaria de whisky, pois cada garrafa carrega décadas de paciência, inovação e respeito pelos processos naturais de maturação.
Nascida em 1879 com o propósito de criar uma bebida espirituosa mais delicada, que contrastasse com as opções mais pesadas da época, uma visão de James Stuart e William Sharp, a The Glenrothes mantém a sua tradição de destilar um whisky de elegância notável, que amadurece de forma única, até aos nossos dias.
Com base na filosofia de James Stuart, a marca produz whiskies de malte raros e excecionais, utilizando água de nascente pura, exclusiva, seguido de um envelhecimento em barris de carvalho temperados com xerez feitos à medida.
O resultado é um whisky complexo e elegante, com cor natural e notas delicadas de xerez, realçadas por camadas de frutos profundos. O whisky é produzido por uma pequena equipa de especialistas e a produção anual é limitada a uma quantidade restrita de garrafas.
O portefólio da marca inclui referências como o The Glenrothes 12 anos (62,99 euros) ou o The Glenrothes WMC (87,79 euros). O primeiro trata-se de um whisky que captura o estilo e perfil clássicos da destilaria: uma experiência frutada e doce. Envelhecido unicamente em barris de carvalho americano e europeu, previamente usados para xerez, apresenta uma cor dourada, 100% natural, e está disponível em hiper e supermercados, garrafeiras e Cash&Carry. Já o The Glenrothes WMC, à venda em alguns supermercados e garrafeiras, apresenta uma experiência exclusiva, refletindo a expressão da gama com o grau alcoólico preferido pelo renomado mestre destilador Gordon Motion, que a criou.

“O bom do de 18 anos é que todos vão adorar”
Nem sempre é fácil entrar no mundo do whisky. Sabemos que é uma bebida para se beber com calma para se sentirem os seus aromas, notas e especiarias. Um copo de whisky bem servido pode ter charme, elegância e acompanhar quem o bebe ao longo de um serão (referimos que é para beber sem pressa, certo?). Assim, quem nunca quis por um dia, noite, pertencer a este "clube" – normalmente mais associado a seniores?
Para quem já sentiu curiosidade em experimentar um whisky e sentiu receio, o The Glenrothes 18 anos (175€), pode ser uma ótima opção. Segundo William Lefebvre, embaixador da marca, é "incrivelmente complexo", mas "consensual". "O bom do 18 é que todos vão adorar", comenta ainda durante o evento, colocando a hipótese de existirem dois tipos de pessoas que poderão não gostar desta referência: "quem não bebe whisky porque teve uma má experiência durante a juventude e quem acredita que este tem de ser turfado (peated)".
Delicado, bem equilibrado e sofisticado, o The Glenrothes 18 anos testemunha o trabalho e a experiência de toda a equipa da destilaria e encontra-se disponível em garrafeiras.
Também disponível apenas em garrafeiras, encontra-se o The Glenrothes 25 anos (680 euros), uma referência "muito interessante", conforme o embaixador. "É um quarto de século que temos nas nossas mãos", evidencia. "É conhecimento e o poder da paciência", complementa.
Nesta luxuosa referência, o sabor e o aroma criam uma harmonia rica e requintada. A fruta adquire uma maior intensidade, os frutos secos tornam-se mais refinados, as notas de baunilha mais envolventes e os aromas mais pronunciados.
A destilaria ainda conta com um whisky mais exclusivo, o The Glenrothes 32 anos (2375 euros), com um stock muito limitado e apenas disponível em algumas garrafeiras.

Um convite à contemplação
O evento de relançamento não contou apenas com arte, incluiu também boa gastronomia para nos inspirar a desacelerar e a apreciar os pormenores que fazem diferença. Hugo Cadeias, chef do Ofício, foi o responsável por criar pequenos aperitivos que harmonizassem com os whiskies.
Deste modo, o chef presenteou os convidados com arroz de pato num formato finger food bite-size, gambas "al ajillo" servidas em mini tostas de brioche e almofadas crocantes de massa de pizza recheadas com espuma de Parmesão líquida e cremosa.
Para finalizar, o chef surpreendeu a sala com rosas vermelhas que continham pequenas bolas cor-de-rosa com líquido de líchia, framboesa e pimenta-rosa.

"A ideia foi combinar aquilo que poderia ser a natureza, a gastronomia e o whisky", explicou o chef no final do evento. "E, por outro lado, o propósito é que o whisky brilhe. Quisemos dar-lhe ainda mais elegância". Para além disto e para respeitar o conceito, "tinha que haver um técnica artística, mais do que simplesmente de cozinha", finaliza.
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