A associação Airlines for Europe (A4E), que reúne as principais companhias europeias, pediu, durante uma videoconferência de imprensa, "testes rápidos e confiáveis" da COVID-19 na saída dos voos para evitar uma quarentena à chegada, "que deveria ser uma medida de último recurso".
A A4E questionou as "caóticas restrições de fronteira" e a "confusão sobre as medidas de quarentena, as diferentes formas de transporte de passageiros e os requisitos de testes" nos diferentes países.
"É preciso urgentemente um programa de testes padronizado se quisermos recuperar a confiança dos passageiros", opinou Thomas Reynaert, diretor da organização.
O tráfego na Europa melhorou ligeiramente em julho, mas estagnou em agosto, com apenas 30% de passageiros em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a organização.
A coordenação entre os Estados deve ser "uma prioridade política" para a União Europeia, disse Benjamin Smith, diretor-geral da Air France-KLM e presidente da A4E, que acrescentou que as medidas contra a COVID-19 adotadas "sem nenhuma coordenação nos últimos seis meses tiveram um impacto devastador na liberdade de circulação".
"A incerteza em relação aos procedimentos aplicados na chegada por parte das autoridades" é um dos travões da recuperação, disse Patrick Ky, diretor-executivo da Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA). "Precisamos de uma abordagem europeia comum", continuou.
A EASA e o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) divulgaram, em maio, diretrizes de segurança sanitária. Entre elas estão medidas de distanciamento físico "quando possível" e o uso de máscara em viagens de avião.
Agora "foi demonstrado que as pessoas não devem ter medo de voar, a probabilidade de contrair a doença é muito baixa", disse Ky na coletiva de imprensa.
Segundo um estudo da EASA na última semana de agosto, dos três milhões de passageiros na Europa, apenas "180 não puderam viajar ou tiveram que desembarcar por sintomas" do coronavírus, ou seja, seis em cada 100.000, explicou.
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