“Logo a seguir à hora de almoço houve uma afluência muito grande da modalidade ‘casa aberta’, o que fez com que, a pedido dos serviços de saúde, tenha sido suspensa a partir das 15:00, porque apareceram muitas pessoas”, afirmou o vereador Ângelo Pereira (PSD), explicando que a decisão foi para não prejudicar as marcações existentes para a vacinação contra a covid-19.

Em declarações à agência Lusa, o autarca responsável pelo pelouro Proteção Civil referiu que a afluência à modalidade ‘casa aberta’ da vacinação, que está disponível para pessoas com 75 ou mais anos, foi na ordem das “centenas de pessoas”, sem dispor ainda de dados precisos.

A suspensão dessa modalidade durou cerca de três horas, com o serviço a retomar “pelas 17:50”, no pavilhão 4 da FIL, no Parque das Nações, onde está instalado o novo centro de vacinação de Lisboa, que abriu portas há menos de uma semana e que funciona todos os dias, das 09:00 às 19:00, incluindo fins de semana e feriados.

Relativamente ao impacto para os utentes, Ângelo Pereira indicou que há a possibilidade de ir ao centro de vacinação da Ajuda, que também funciona todos os dias das 09:00 às 19:00, ou de voltar ao centro da FIL noutro dia.

“O objetivo é cumprir, em termos de horários, as marcações, portanto não podemos deixar que a ‘casa aberta’ prejudique isso, mas nós seguimos as orientações das instituições da saúde que têm responsabilidade dos agendamentos”, reiterou o autarca de Lisboa relativamente ao funcionamento do centro de vacinação no pavilhão 4 da FIL.

O vereador da Proteção Civil explicou que “durante a manhã tudo correu dentro do previsto, todas as marcações correram bem, dentro do tempo e foi possível existir ao mesmo tempo a ‘casa aberta'”, ressalvando que a Câmara de Lisboa dá apoio logístico no processo de vacinação, mas a questão do agendamento é da competência dos serviços de saúde.

“Aproveito para fazer um apelo para que as pessoas apareçam nos centros de vacinação à hora marcada, não apareçam com horas de antecedência, portanto confiem no sistema, porque não tem tido atrasos. É importante para não gerar filas as pessoas chegarem à hora que está marcada”, avisou o social-democrata Ângelo Pereira.

A Lusa questionou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) sobre a suspensão da modalidade ‘casa aberta’ no centro de vacinação da FIL, mas ainda não obteve resposta.

Relativamente ao balanço do funcionamento do centro de vacinação da FIL, que entrou em funcionamento no dia 01 de dezembro, o autarca apontou: “está a fluir, está a correr muito bem, temos tido muito ‘feedback’, temos tido nas redes sociais elogios, temos tido registos escritos no local de elogios, que as coisas têm corrido muito bem”.

Neste momento, o concelho de Lisboa dispõe de dois centros de vacinação, um na Ajuda e o novo na FIL. Para facilitar a deslocação aos centros de vacinação, a Câmara de Lisboa assegura o transporte em táxi para os utentes que vivem na capital, apoio que é totalmente gratuito e que pode ser solicitado através do telefone 21 817 2021.

Há cerca de uma semana, a Câmara de Lisboa encerrou três centros de vacinação, designadamente Picadeiro (Príncipe Real), Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (Areeiro) e Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Lisboa, porque estes espaços que o município dispunha para a vacinação “não podiam continuar” a ser cedidos pelas entidades proprietárias, justificou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), defendendo que a abertura do novo centro no pavilhão 4 da FIL vai permitir duplicar a capacidade de vacinação na cidade.

“Tínhamos quatro centros a funcionar, com uma capacidade para 3.000 utentes por dia. Neste momento, vamos ter seis mil utentes aqui, mais 1.000 na Ajuda, portanto a capacidade é completamente diferente”, frisou Carlos Moedas, no âmbito de uma visita ao centro de vacinação da FIL, no dia antes da sua abertura.