O estudo, que ainda não foi verificado de forma independente, foi realizado por cientistas das universidades de Edimburgo, Strathclyde, Aberdeen, Glasgow e St. Andrews e da direção geral de saúde pública, Public Health Scotland (PHS), que se concentrou em pessoas que receberam as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e AstraZeneca.
Os cientistas olharam para os números das hospitalizações na Escócia entre aqueles que receberam uma primeira dose e compararam os dados com aqueles que ainda não receberam a injeção.
Assim, descobriram quatro semanas após a dose inicial, foi registada uma redução do risco de hospitalizações por coronavírus em até 85% com a vacina da Pfizer e 94% com a vacina da AstraZeneca.
Para os maiores de 80 anos, um dos grupos prioritários no plano de imunização, houve uma redução geral de 81% nas hospitalizações.
“Estes resultados são importantes à medida que passamos das expectativas para as provas sólidas do benefício das vacinas. Em toda a população escocesa, os resultados mostraram um efeito substancial na redução do risco de internamento hospitalar com uma única dose da vacina”, disse Jim McMenamin, diretor nacional de Incidentes covid-19 da PHS.
Este é um dos primeiros estudos científicos sobre o impacto da vacinação no Reino Unido, devendo os resultados em Inglaterra ser publicados também hoje.
O Reino Unido é um dos países mais avançados em termos de vacinação, tendo administrado uma primeira dose a mais de 17,5 milhões de pessoas, cerca de um terço da população adulta no país.
O objetivo do Governo britânico é completar a imunização da população adulta até ao fim de julho.
O Reino Unido é um dos países com maior número de mortes de covid-19, 120.580 confirmadas desde o início da pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.461.254 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.962 pessoas dos 797.525 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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