“O Governo decidiu declarar o quarto estado de emergência em Tóquio e já comunicou a decisão à coligação” que apoia o Governo, noticiou hoje a estação televisiva estatal NHK.

O estado de emergência ficará em vigor até 22 de agosto, segundo diversos meios de comunicação social, cobrindo o período dos Jogos Olímpicos, que decorrem em Tóquio entre 23 de julho e 08 de agosto.

De acordo com a agência Kyodo, que cita um alto funcionário do Governo, também é possível que as provas olímpicas não tenham público a assistir.

Em março, os organizadores tinham proibido a presença de espetadores oriundos do estrangeiro nos Jogos, o que é um facto inédito na história olímpica.

Mais tarde, em junho, as autoridades japonesas anunciaram que iriam autorizar a presença de espetadores locais, mas com 50% da capacidade dos locais das provas e com o limite máximo de 10.000 pessoas.

Mais recentemente, o Governo alertou para a hipótese de fechar as portas à presença de espetadores para as provas, mas apenas como uma das opções que estavam a ser estudadas, perante o agravamento da situação pandémica.

Uma decisão final sobre as restrições a aplicar sobre a presença do público deve ser tomada nos próximos dias, após uma tomada de posição oficial do Governo sobre o estado de emergência.

O Japão foi relativamente poupado, na pandemia de covid-19, em comparação com muitos outros países, com cerca de 14.800 mortes registadas desde o início da pandemia, mas os especialistas têm-se mostrado particularmente preocupados com o efeito dos Jogos Olímpicos num eventual aumento de propagação do novo coronavírus.

Cerca de 11.000 atletas são esperados para os Jogos Olímpicos, obrigando as autoridades japonesas a tomar medidas drásticas a todos os participantes das provas.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.996.519 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,4 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.