Pouco depois das 11:30 em Washington (16:30 hora de Lisboa), 2.201 voos domésticos, de ou para os Estados Unidos da América (EUA), já tinham sido cancelados, quase tantos quantos os 2.749 cancelados no dia anterior, de acordo com o ‘site’ da FlightAware consultado pela agência francesa AFP.
O número de ontem representa mais de metade dos 3.743 voos cancelados em todo o mundo no mesmo período (contra 4.740 no sábado).
Muitos voos, sem serem cancelados, atrasaram-se, tendo sido registados 2.386 nos EUA e 7.770 em todo o mundo.
Várias regiões dos Estados Unidos estão a ser afetadas por tempestades de neve, ventos fortes ou inundações.
O transporte aéreo global também tem sido, desde o Natal, perturbado pela variante Ómicron do novo coronavírus, mais contagiosa.
No sábado, primeiro dia do ano, cerca de 2.500 voos foram cancelados de ou para os aeroportos norte-americanos.
A cidade de Chicago, no noroeste dos Estados Unidos, foi uma das mais afetadas devido a uma tempestade de neve que fez com que, no sábado, o aeroporto O’Hare tivesse cancelado 402 voos na origem e 425 no destino, a que se somaram 130 na origem e 143 no destino do aeroporto de Midway, seguindo-se Denver (Colorado) e Detroit (Michigan).
A falta de pessoal devido às infeções de covid-19 que têm afetado os voos e as respetivas tripulações também ficou evidente com a notícia sobre a companhia United Airlines, que ofereceu aos seus pilotos o triplo do salário durante grande parte do mês de janeiro para tentar minimizar os cancelamentos.
Em concreto, e de acordo com nota da United enviada na sexta-feira à estação de televisão CNBC, o sindicato dos pilotos e a companhia aérea chegaram a acordo.
A empresa vai pagar mais de três vezes o salário aos pilotos que trabalham em voos abertos desde 30 de dezembro e 03 de janeiro, e três vezes mais para aceitarem voos adicionais entre os dias 04 e 29 de janeiro.
O comunicado assinala ainda que a United registou um “grande número” de pilotos contagiados devido à “rápida expansão da variante Ómicron”.
A covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP), divulgado na sexta-feira.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
Comentários