"Para nós, é um dia feliz porque vamos deixar de estar em estado de emergência", afirmou Cotrim Figueiredo aos jornalistas, no parlamento, depois de ter conversado, por telefone, com Marcelo Rebelo de Sousa.
O deputado da IL disse ter tido, na conversa telefónica com o Presidente, “a grata notícia de que se prepara para propor a não renovação do estado de emergência”.
“Sujeito aos contactos com os outros partidos, do Governo, teremos chegado ao fim desta saga que tanto tem prejudicado o país”, afirmou, e daí ser “um dia feliz” porque os portugueses vão “deixar de estar em estado de emergência”.
Tendo em conta a posição do Chefe do Estado e “os resultados positivos” anunciados hoje de manhã na reunião com os especialistas no Infarmed, em Lisboa, Cotrim Figueiredo não acredita que “alguém se vá opor” ao fim do estado de emergência.
O deputado da Iniciativa Liberal disse ter alertado o Presidente da República que o Governo deve ter cuidado e “não pode ser facilitista” quando a algumas medidas em vigor, associadas ao estado de emergência, como a obrigatoriedade do uso de máscara na rua ou os horários dos estabelecimentos comerciais”.
E evitou falar nas disposições que devem estar em vigor, agora com o fim do estado de exceção, mas disse não querer “sequer admitir o estado de calamidade”.
João Cotrim Figueiredo acrescentou ser “evidente” que “não passaram todos os problemas em termos pandémicos”, a partir de agira, “será uma responsabilidade que cada um assumirá individualmente e não por imposição de um estado de emergência”.
O Presidente da República vai falar ao país hoje, pelas 20:00, depois de ouvir os partidos sobre o possível fim do estado de emergência, que já disse esperar que terminasse no fim deste mês.
Há 20 dias, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que o estado de emergência não voltasse a ser decretado para além de abril e que se pudesse entrar numa "boa onda" em maio, o que fez depender dos dados da covid-19 em Portugal.
A última etapa do plano de desconfinamento do Governo está prevista para a próxima segunda-feira, 03 de maio.
Portugal regista hoje cinco mortes atribuídas à covid-19, 353 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e uma nova redução do número de internamentos em enfermaria e cuidados intensivos, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim da DGS estão hoje internados em enfermaria 346 doentes, menos 19 em relação a segunda-feira, e 86 em unidades de cuidados intensivos, menos cinco.
Desde o início da pandemia Portugal já contabilizou 834.991 casos confirmados e 16.970 óbitos.
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