“Estamos a ter um crescimento exponencial e acho essa dinâmica preocupante. Temos de assumir que teremos uma duplicação em menos de duas semanas” do número de novas infeções, afirmou a chanceler em conferência de imprensa em Berlim.
Desde meados de julho, o número de novos casos diários ultrapassou o milhar, em média.
Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 1.890 novos casos pelo Instituto Robert Koch, a autoridade responsável pela prevenção e controlo de doenças no território alemão.
Face à progressão da variante Delta, mais infecciosa e contagiosa e que agora se tornou na mais presente na Alemanha e em grande parte da Europa, Merkel considerou que a vacinação é mais importante que nunca.
“Toda a vacinação conta. Cada vacinação é um passo, um pequeno passo, rumo ao regresso à normalidade para todos. Quanto mais vacinados formos, mais livres seremos novamente. Não apenas como indivíduos, mas também como comunidade”, vincou.
A chanceler, que se opõe à vacinação obrigatória, recordou que a educação deve ser privilegiada para motivar aqueles que ainda não foram vacinados.
Até hoje, pelo menos 60,4% da população alemã já tinha recebido uma dose das vacinas autorizadas no país e 48% tem já a vacinação completa.
“A todos os que já se vacinaram, digo-vos: procurem mobilizar-se e convencer os outros [que ainda não foram], sejam família, amigos, no campo de futebol”, sugeriu.
Se o número de infeções continuar a aumentar e para “não sobrecarregar o sistema de saúde”, a porta está aberta para a implementação de novas restrições para abrandar a progressão da doença, admitiu a chefe do Governo alemão.
Desde o início da pandemia, 91.458 pessoas morreram na Alemanha de covid-19, segundo o Instituto Robert Koch.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.119.920 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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