Na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia, Marta Temido afirmou que continuam ativos 198 surtos em todo o país, a maior parte (127) na região de Lisboa e Vale do Tejo, 40 na região Norte, 13 no Centro, 13 no Algarve e cinco no Alentejo.

A ministra admitiu que reduzir os números é “um caminho lento, moroso, difícil” para o qual é preciso olhar “com prudência”, mas salientou que “começam a surgir bons resultados”.

Marta Temido indicou que na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde têm surgido a maior parte dos novos casos nas últimas semanas, “a incidência nos últimos sete dias registou uma variação positiva em três concelhos e nos últimos 14 dias mantém uma tendência decrescente em todos os concelhos, registando agora valores entre 90 a 120 novos casos por cem mil habitantes”.

No país inteiro, houve uma taxa de incidência nos últimos sete dias de 15,7 novos casos por 100 mil habitantes, 37,1 novos casos por 100 mil habitantes, o que coloca Portugal “num padrão bastante confortável” em relação a este indicador, “embora haja ainda muito trabalho a fazer”, salientou.

De acordo com a avaliação do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge sobre o risco de transmissão ao longo do tempo, “a evolução é muito favorável”, situando-se nos 0,92 para os dias de 16 a 20 de julho, com uma confiança de 95 por cento.

A maioria dos casos ativos (68%) continua concentrada em Lisboa e Vale do Tejo, mas “tem vindo a reduzir-se”.

Os doentes da região de Lisboa e Vale do Tejo são também a maior parte dos 420 internados: 353, 271 dos quais estão nos hospitais de referência para os concelhos com maior incidência de casos: Centros hospitalares de Lisboa Norte, Lisboa Centro, Lisboa Oeste, hospital Beatriz Ângelo (Loures), hospital de Cascais e Hospital Fernando Fonseca (Amadora).

A pandemia de COVID-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.712 pessoas das 49.692 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.