O comité de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou-se, esta sexta-feira (15), contra um certificado de vacinação para viagens internacionais por causa da pandemia do coronavírus.
O comité, reunido com urgência em Genebra, também pediu à comunidade internacional que amplie o sequenciamento do vírus SARS-CoV-2, e que os países partilhem os dados, para lutar contra as mutações que têm surgido nos últimos meses.
"Ainda existem muitos dados fundamentais desconhecidos em termos da eficácia das vacinas na redução da transmissão (do vírus) e as vacinas estão disponíveis apenas em quantidade limitada", advertiu o comité.
Para evitar a "estigmatização" de países onde aparecem novas variantes da COVID-19, a OMS recomenda um "sistema padronizado" de nomenclatura.
O comité de emergência da OMS normalmente reúne-se a cada três meses, mas o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convidou os membros duas semanas antes da próxima reunião devido à crise causada por três novas variantes detetadas até agora, uma proveniente da Amazónia brasileira, outra do Reino Unido e a terceira da África do Sul. Essas três variantes afetaram até agora mais de 70 países.
Entretanto, o primeiro-ministro português, António Costa, propôs hoje que a União Europeia inicie já o processo para a existência de um certificado de vacinação homogéneo entre os Estados-membros e considerou essencial garantir a liberdade de circulação no espaço europeu.
A pandemia de COVID-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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