O Fundo Soberano russo afirmou que a sua vacina tem "um efeito neutralizante da atividade viral duas vezes maior" que o da sua concorrente Pfizer, citando um estudo do laboratório italiano Spallanzani em associação com investigadores do Centro Gamaleya, inventor da Sputnik V.
A vacina russa ainda não foi homologada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), um processo que está bloqueado há vários meses devido às divergências com Moscovo sobre as informações a serem fornecidas.
Putin disse recentemente que a vacina russa é "mais eficaz que as outras usadas no mundo" contra a variante ómicron, muito transmissível.
Na América Latina, a Argentina foi, no final de 2020, o primeiro país a autorizar a Sputnik V, uma vacina já aprovada por 69 nações que também é usada no México, Guatemala, Venezuela e Bolívia, entre outros Estados da região.
As declarações dos criadores da Sputnik surgem num momento em que a cidade de Moscovo registou nesta quinta-feira um recorde de novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, com 11.557 contágios.
Rússia, o país da Europa com mais mortos de COVID-19, registou 324.060 mortes pela doença desde o início da pandemia, segundo dados das autoridades. Mas uma contagem da agência nacional de estatísticas Rosstat mencionava mais de 600.000 mortes pela pandemia no final de novembro.
O governo russo tem problemas para convencer os cidadãos a vacinarem-se, apesar de terem a Sputnik V à disposição. Menos da metade da população está totalmente vacinada hoje.
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