“A realização de ensaios clínicos é fundamental na área da oncologia pediátrica, só assim é possível a melhoria contínua nos cuidados prestados” refere Cristina Potier, diretora geral da Fundação.
“Os poucos estudos que existem, ao contrário do que se possa pensar, são promovidos por iniciativa dos próprios médicos e não pela indústria farmacêutica que naturalmente se foca nos cancros dos adultos”, conclui.
Entre as questões que impedem a inclusão de crianças com doença oncológica em ensaios clínicos estão a escassez de recursos humanos para coordenar, monitorizar e reportar aos grupos internacionais que coordenam estes estudos e, também, a falta de recursos financeiros.
Neste sentido, a diretora geral da Fundação considera que “sendo o tratamento do cancro pediátrico assegurado pelo Serviço Nacional de Saúde, o investimento na melhoria constante dos tratamentos prestados também deverá ser uma responsabilidade deste mesmo serviço nacional de saúde. Apesar de nesta altura existir uma taxa de sobrevivência bastante elevada (à volta dos 80%), ainda existem alguns tipos de cancro com taxas não tão positivas.
Além disso também nos preocupa a sobrevivência com maior qualidade de vida. Existem estatísticas que referem efeitos secundários em cada dois de três sobreviventes. Estes números têm de melhorar. Ou se investe já ou vamos pagar mais tarde.”
Fonte: PIPOP
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