De acordo com a decisão da secção cível civil do Tribunal Judicial de Nanterre, França, a empresa TÜV Rheinland terá de indemnizar 605 das 1.319 mulheres “pelos dados que sofreram”, refere a presidência do tribunal em comunicado.
Em maio, o Tribunal de Cassação tinha já confirmado a responsabilidade da TÜV, abrindo caminho à indemnização de algumas das vítimas.
O tribunal de Nanterre considerou agora que “a inconsistência, a partir de 2002, entre a quantidade de gel encomendada (…) e o número de próteses fabricadas constituiu uma anomalia óbvia no processo de fabrico”, que a TÜV deveria ter observado.
No total, foram vendidas quase um milhão de próteses mamárias defeituosas entre 2001 e 2010 pela PIP e o número estimado de vítimas em todo o mundo ronda as 400 mil.
Em vez de um gel autorizado, a PIP utilizou em parte um silicone industrial normalmente utilizado na composição de equipamentos eletrónicos, mas o organismo de certificação alemão nunca registou qualquer violação das normas.
O processo contra a fabricante francesa terminou em 2019 com a morte do fundador da empresa, Jean-Claude Mas.
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