"Infelizmente, a Ómicron provoca hospitalizações e foi confirmado que pelo menos um paciente morreu com a variante Ómicron", afirmou, durante uma visita a um centro de vacinação em Londres.

O chefe do Governo britânico rejeitou a perceção de que a variante produz efeitos menos graves do que outras.

"Essa ideia de que (a variante) é uma versão mais leve do vírus é algo que temos que afastar e reconhecer a rapidez com que está a acelerar entre a população. Portanto, o melhor que podemos fazer é obter o reforço" da vacina, vincou.

Boris Johnson fez uma comunicação televisiva no domingo à noite onde anunciou o objetivo de vacinar com uma terceira dose todos os adultos em Inglaterra até ao final de dezembro - desde que tenham passado pelo menos três meses após a segunda dose.

O primeiro-ministro britânico justificou a medida com a "maré" de infeções que pode causar “muitas mortes” se os hospitais forem sobrecarregados com pacientes tendo em conta a rapidez de contágio da nova variante do coronavírus.

Johnson disse hoje que "cerca de 40%" dos casos de covid-19 que agora são registados em Londres pertencem à variante Ómicron, e que hospitais de outras partes do país também estão a internar pessoas infetadas.

O Governo anunciou na semana passada novas restrições em Inglaterra, como a generalização do uso de máscaras em locais públicos fechados, a obrigatoriedade de certificados de vacinação ou testes negativos para entrar em discotecas ou salas de espetáculos e a recomendação de teletrabalho.

As regras na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são decididas pelos respetivos governos autónomos, os quais já tinham estas medidas em vigor e defendem outras, como o isolamento obrigatório dos contactos de pessoas infetadas com a variante Ómicron.

O Reino Unido é o país com maior número de mortes de covid-19 na Europa, 146.439 desde o início da pandemia, contando com 81,3% da população vacinada com duas doses da vacina e 40,2% com uma terceira dose.

A covid-19 provocou pelo menos 5.300.591 mortes em todo o mundo, entre mais de 269,02 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.