Num processo em que a própria instituição é também arguida, o MP diz estar em causa a omissão de cuidados a idosos internados no lar entre janeiro de 2015 e fevereiro de 2020.
Os arguidos atuaram então “com a consciência que a omissão dos cuidados aos utentes poderia causar-lhes a morte, e que se conformaram com tal resultado, como veio a suceder em 17 dos utentes ali internados”, afirma a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGR-P), numa síntese da acusação.
Segundo o MP os arguidos singulares escusaram-se a contratar os médicos, funcionários e enfermeiros necessários, além de deixam de comprar equipamentos e mobiliário, produtos de higiene e terapêuticos como apósitos para escaras, colchões antiescaras, fraldas e suplementos proteicos.
Tudo isto “apesar de saberem que a instituição dispunha de meios económicos para o fazer”, “por razões de diminuição e contenção de gastos” e “violando as funções dos cargos que ocupavam”, afirma a acusação.
A acusação foi deduzida a 27 de julho e resumida na terça-feira pela PGR-P na sua página de Internet, sendo o resultado de um inquérito criminal anunciado à agência Lusa, em maio de 2020, pela Procuradoria-Geral da República.
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