"A análise genética indica que os casos detetados em Portugal, entre 24 de agosto e 04 de outubro, representam várias introduções independentes do vírus, as quais estão sob investigação pelas autoridades de saúde", refere o relatório.

"Esta constelação de mutações (provisoriamente classificada como AY.4.2) tem suscitado interesse na comunidade científica internacional devido à sua crescente frequência no Reino Unido nas últimos semanas. A análise genética indica que os casos detectados em Portugal (entre 24 de agosto e 4 de Outubro) representam várias introduções independentes do vírus, as quais estão sob investigação pelas autoridades de Saúde", pode ler-se no documento.

O Governo israelita revelou esta quinta-feira que foi detetado neste país um primeiro caso da nova variante AY4.2 do coronavírus da covid-19, subvariante da variante Delta, já identificada em vários países europeus, incluindo Portugal e Reino Unido.

Segundo o Ministério da Saúde de Israel, o primeiro caso está associado a uma criança de 11 anos proveniente da Europa, que está sob quarentena, e foi detetado no Aeroporto Internacional Ben Gurion de Telavive. "A variante AY4.2, que foi descoberta em vários países da Europa, foi identificada em Israel", anunciou o ministério em comunicado.

A nova variante, rara e aparentemente sem riscos acrescidos de contágio face à Delta, a mais transmissível das variantes do SARS-CoV-2 em circulação, foi descoberta em Israel quando o país estava a considerar o levantamento de algumas das restrições em vigor, em particular as que visam o turismo.

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Face ao aparecimento da variante AY4.2, o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, instruiu para que fosse reforçada a investigação epidemiológica sobre esta subvariante da Delta e contactados os países onde a mesma já foi identificada para troca de informações. No Reino Unido, onde o número de novas infeções está a aumentar aproximando-se dos níveis da violenta vaga que atingiu o país no inverno passado, as autoridades de saúde estão a monitorizar a nova variante, que está a propagar-se.

Segundo o ministro da Saúde, Sajid Javid, "não há razão para crer, neste momento, que ela represente um maior risco".

O Governo britânico rejeitou ontem os apelos para repor restrições de combate à COVID-19 como o uso de máscara em espaços interiores, perante o aumento de novos casos da doença, preferindo concentrar-se na vacinação e em novos tratamentos. O número de novos casos aproximou-se ontem dos 50.000 pela segunda vez esta semana, e o ministro da Saúde, Sajid Javid, disse que poderá alcançar os 100.000.

Apesar do aumento de novos casos e da pressão hospitalar, o Governo britânico rejeitou na quarta-feira os apelos para a reposição das restrições, como o uso de máscaras em espaços interiores e o teletrabalho, optando por dar primazia à vacinação.

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