"Em caso de identificação de surtos ativos será intensificada a testagem, envolvendo e priorizando toda a comunidade escolar dos estabelecimentos de ensino afetados, independentemente do grau de ensino a que pertença", revela o ministério da Saúde em comunicado.
"Resultado de um trabalho conjunto das áreas governativas da Saúde e da Educação, a realização de testes de antigénio visa aumentar a rapidez da deteção e rastreamento de eventuais casos de SARS-CoV-2, em alunos, pessoal docente e não docente", acrescenta a nota.
"Para operacionalizar esta estratégia, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), em colaboração com as respetivas estruturas regionais e com as Administrações Regionais de Saúde, elaboraram um modelo de consentimento informado a obter junto dos encarregados de educação, bem como informação sobre a importância do processo de testagem para fornecer à comunidade educativa", lê-se ainda.
Fecho das escolas vai ser ponderado
O quadro geral de medidas de combate à COVID-19, incluindo a abertura das escolas, vai ser ponderado na próxima semana, em nova reunião com especialistas e audiências aos partidos na terça-feira, anunciou hoje o Presidente da República.
"Na semana que vem, terça-feira haverá uma sessão epidemiológica e na sequência do isso haverá a renovação, mais uma, do estado de emergência. Eu ouvirei os partidos na própria terça-feira. E nessa ocasião se ponderará o quadro geral das medidas, nomeadamente a questão das escolas", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, no Campus de Carcavelos da Universidade Nova de Lisboa.
Questionado se faz sentido manter abertas as escolas, o chefe de Estado e recandidato ao cargo respondeu que "é isso que ponderado na sessão aberta" de terça-feira com especialistas sobre a situação da covid-19 em Portugal, que acontecerá dois dias depois das eleições presidenciais de domingo.
"Como sabem, as sessões são abertas na parte que é muito importante em que os especialistas dizem o que pensam, e vai ser importante ouvir os especialistas dizerem na terça-feira sobre o que pensam sobre as escolas", acrescentou, referindo que "há pontos de vista diferentes quanto aos vários graus de ensino".
Mais de dois milhões de mortos
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.031.048 mortos resultantes de mais de 94,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Portugal contabilizou hoje 218 mortes, um novo máximo de óbitos em 24 horas, relacionados com a COVID-19, e 10.455 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS). Desde o início da pandemia, morreram 9.246 pessoas com a doença em Portugal.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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