Num comunicado em que expressou a sua solidariedade à família da vítima mortal das cheias da passada quarta-feira em Lisboa, o núcleo lisboeta da Quercus lembrou que os constrangimentos verificados na capital portuguesa com o agravamento do estado do tempo “não é um problema novo” e prometem ser ainda piores devido às alterações climáticas.
“Os dados científicos demonstram que estamos perante uma crise climática, em que fenómenos climáticos extremos irão ocorrer com maior frequência e violência”, referiu a Quercus, que salientou: “Lisboa é uma cidade com problemas de planeamento urbanístico, problemas de gestão de recursos, como entubamento de linhas de águas que fazem a drenagem natural das águas pluviais, entre outras más escolhas que culminam na situação atual”.
Sublinhando as denúncias para os riscos da falta de planeamento e da falta de áreas verdes e de espaços adequados para a drenagem, a associação ambientalista vincou a necessidade de pensar a cidade de forma mais sustentável, avisando para a “urgência de criar e fomentar espaços verdes biodiversos e multifuncionais nas áreas urbanas” ou a “importância de assumir uma conceção e gestão mais natural à melhoria da qualidade de vida”, entre outras medidas.
“Apelamos ao poder político que repense a forma como deve ser abordado este problema e que as soluções propostas sejam também uma oportunidade de construir uma cidade nova, em maior harmonia com a natureza”, refere.
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