A digressão de 18 a 26 de outubro, que o Palácio de Buckingham apresentou terça-feira, marca um momento decisivo para o rei de 75 anos.
Carlos III está a regressar lentamente às funções públicas depois de ter feito uma pausa após o diagnóstico de cancro no início de fevereiro. A decisão de efetuar uma viagem tão longa será vista como um sinal da sua recuperação.
A viagem começará na Austrália, antes de o rei e a rainha Camila se deslocarem a Samoa para a reunião dos chefes de governo da Commonwealth, que se realiza de dois em dois anos.
A digressão foi anunciada pela primeira vez em julho, mas as datas não foram divulgadas na altura.
O itinerário de Carlos III, que está a viajar por todo o mundo, surge numa altura em que o rei procura reforçar o apoio à monarquia no país e no estrangeiro, dois anos depois de ter ascendido ao trono britânico.
A paragem na Austrália marcará a primeira vez, desde que Carlos III é rei, que visitará um dos chamados reinos da Commonwealth, os 14 países fora do Reino Unido onde o monarca continua a ser chefe de Estado.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, há muito que tem o objetivo de realizar um referendo sobre a rutura dos laços com a monarquia e declarar o seu país uma república, mas esses planos foram suspensos depois de os australianos terem rejeitado por esmagadora maioria um plano para conceder maiores direitos políticos aos povos indígenas, num referendo realizado no ano passado.
Carlos deslocar-se-á a Samoa na qualidade de chefe da Commonwealth, uma associação voluntária de 56 nações independentes, a maioria das quais tem laços históricos com o Reino Unido.
"A visita do rei à Austrália será a primeira de sua majestade a um reino como monarca, enquanto a reunião dos chefes de governo da Commonwealth em Samoa é a primeira em que o rei participará como chefe da Commonwealth", afirmou o palácio num comunicado, acrescentando: "Em ambos os países, os compromissos de Suas Majestades centrar-se-ão em temas destinados a celebrar o melhor da Austrália e de Samoa, bem como a refletir aspetos do trabalho do rei e da rainha".
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