Em cada consulta, a parteira ou o médico irão fazer um exame abdominal para verificar o crescimento e a posição do bebé. Poderá também realizar um exame interno para ver se o colo do útero começou a apagar (a ficar mais fino) ou a dilatar (abrir). Se a semana passar e o bebé continuar sem dar sinais de querer sair, não se aflija. Apenas 5 por cento dos bebés nascem na data de termo prevista. Se passar a data de termo, o médico irá marcar testes fetais (normalmente um sonograma) após as 40 semanas para se assegurar de que é seguro prosseguir com a gravidez. Se não iniciar o trabalho de parto sozinha, a maioria dos médicos induz o parto uma ou duas semanas após a data de termo. Nas séries de televisão, as mulheres grávidas vêem sempre as suas águas rebentarem de forma dramática — numa sala cheia de gente, é claro – e logo a seguir começa o trabalho de parto. Não se preocupe: não vai acontecer consigo cena semelhante. A ruptura da bolsa antes do início do trabalho de parto ocorre em menos de 15 das gravidezes. De qualquer modo, se as águas rebentarem ou mesmo que suspeite de estar a ter uma perda de líquido amniótico, contacte de imediato o seu médico e mantenha-se calma – pode demorar horas até sentir a primeira contracção. (Se for portadora de estreptococos do grupo B, pedir-lhe-ão que vá já para o hospital para receber o antibiótico intravenoso e, ao mesmo tempo, é possível que lhe induzam o parto se as contracções não começarem sozinhas.) Contacte também logo o médico se sentir algum abrandamento dos movimentos do bebé, independentemente de estar a perder líquido ou não.

Existem sinais mais comuns da iminência do trabalho de parto do que a ruptura da bolsa. Pode dar-se conta da saída de uma pequena quantidade de muco espesso que bloqueia o canal cervical – na roupa interior ou na sanita. Pode estar tingido com uma pequena quantidade de sangue acastanhado, rosado ou vermelho. (Se tiver perdas ou hemorragias vaginais que não este muco raiado de sangue, contacte de imediato o médico.) O trabalho de parto começa normalmente um dia ou dois após a perda do rolhão mucoso. Outro sinal de parto são as contracções em intervalos regulares – e cada vez mais curtos. O médico dir-lhe-á quando deve telefonar, mas será provavelmente quando as contracções durarem cerca de um minuto, com intervalos de cinco minutos, durante cerca de uma hora. (Meça o tempo que decorre entre o início de uma contracção e o início da seguinte.)

EXPLICAÇÃO

Porque me sinto mais enérgica?

Limpar freneticamente a casa-de-banho, organizar o quarto do bebé ou arrumar o lixo acumulado pela casa é provavelmente a manifestação moderna de um instinto evolucionário de criar um local onde o bebé possa viver em segurança, explica Sherri Minelli, formadora de preparação para o parto em Encinitas, na Califórnia. "O surto de energia imediatamente antes do início do trabalho de parto assume um carácter um pouco animal", continua. "No mundo actual, manifesta-se através da limpeza da casa ou em certificar-se de que o quarto do bebé está terminado."

O QUE ELAS DIZEM

"Ainda aqui estou. Parece que o bebé vai chegar atrasado. O que hei-de fazer, sai aos pais. Sem dilatação. Tive de tossir para a enfermeira conseguir chegar ao colo do útero!" — Marina

"Estou com dores desde as 5 da manhã. Os episódios vão e vêm e duram normalmente umas duas horas e as dores têm intervalos de aproximadamente oito minutos. Quero telefonar ao meu médico quando elas aparecem mas, sempre que estou prestes a pegar no telefone, elas vão-se embora. Estou em crer que este miúdo está a pregar-me uma partida." — Monica

DICA DE CONFORTO

Lidar com os nervos pré-parto

O receio do desconhecido pode pô-la particularmente nervosa com a ideia do parto. Pode acalmar os nervos, pensando no seguinte:

• As dores de parto têm um sentido – está a trazer uma vida ao mundo – o que é diferente, por exemplo, da dor de partir uma perna.

• Vai aguentar o desconforto e a dor. (Se fosse assim tão insuportável, as mulheres tinham deixado de ter bebés há muito tempo!)

• Pode pedir analgésicos se quiser ou necessitar.

• Para algumas mulheres, ler histórias sobre os partos de outras mulheres ajuda a atenuar os receios.