A Dior, que tem por hábito apresentar as suas coleções em território francês, decidiu fazer algo diferente e realizar o seu desfile de inverno em Nova Iorque.

O Brooklyn Museum foi o local escolhido para esta apresentação de moda que, simultaneamente, também se quis afirmar como um encontro celebratório entre a cultura francesa e norte-americana.

"Esta linha Dior é uma oportunidade de homenagear Nova Iorque, a megalópole que recebeu - como presente dos franceses aos Estados Unidos no final do século XIX - uma estátua que desde então se tornou o símbolo desta incrível cidade", pode ler-se no comunicado enviado pela maison francesa a propósito deste evento em concreto que se realizou no dia 15 de abril.

Para criar a coleção ready-to-wear outono/inverno 2024, a diretora criativa inspirou-se no estilo de uma das maiores divas de Hollywood, a atriz de cinema Marlene Dietrich, famosa pelo seu estilo transgressor e usar items de vestuário tradicionalmente associados ao guarda-roupa masculino. "Maria Grazia Chiuri inspirou-se nela para construir uma coleção que cruza a silhueta Dior com a presença fantasmagórica e atração masculina da diva", adianta.

A camisa branca, as calças de pregas wide-leg e os blazers assertoado fundiram-se com vestidos, saias de diferentes comprimentos, casacos bomber e sobretudos. As gravatas, os chapéus e as luvas estão entre os acessórios que mais se destacaram em cima da passerelle com destaque para tecidos como o cabedal, o tweed, o veludo, o cetim e o lurex.

Apesar de o preto ter sido a cor dominante, a coleção contou ainda com diferentes apontamentos de cinzento, branco ou ganga combinada com o padrão cannage. É ainda de realçar as peças com franjas, com aplicações e estampados.

Nestas últimas são evidentes diferentes grafismos impressos ou pintados à mãos que nos remetem para as duas cidades: uns collants com as palavras 'New York' e 'Paris', uma camisola com a bandeira americana e francesa ou uma gabardine onde é possível admirar a paisagem urbana da Big Apple. Por exemplo, a malas Lady Dior e Book Tote surgiram em versões com a Torre Eiffel e a Estátua da Liberdade, respetivamente.

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