Se durante muito tempo descuraram a saúde da sua pele e cabelo, hoje, as necessidades masculinas são bem diferentes de há 50 anos. Os metrossexuais existem desde o início dos anos da década de 1990. Aliás, existiam antes mesmo desse período, só que não dispunham do tão evocativo rótulo criado pelo jornalista Mark Simpson. No virar do século, as atenções do jornalista britânico caíram sobre os spornossexuais.

Homens que, no seu entender, tinham uma obsessão por fazer desporto e por conseguir um corpo igual ao das estrelas de pornografia. Mais recentemente, surgiu outra espécie de homem, o lumberssexual. Um termo de autoria ainda desconhecida, que se inspira na aparência dos lenhadores nos EUA. Veste camisas de flanela com padrão axadrezado, calças de ganga e botas. Estes três géneros (há mais), aparentemente diferentes, têm algo em comum.

A preocupação com o seu aspeto e com a mensagem que o mesmo transmite. O resultado desta evolução é que a indústria cosmética passou a prestar mais atenção ao género masculino, alargando e diversificando a oferta de cuidados. A lista de afazeres estéticos dos homens ganhou proporções que rivalizam com a nossa.

Visitar o barbeiro quinzenalmente, pintar o cabelo, fazer esfoliação, aplicar loção de corpo, fazer depilação definitiva, aplicar óleos para hidratar a barba e/ou usar cremes antienvelhecimento, entre outros, passaram a fazer parte dos rituais diários de milhares de homens um pouco por todo o mundo.

Poupar tempo

Ainda que a oferta de cuidados de higiene e de estética masculinos tenha aumentado significativamente, eles continuam a sofrer de preguicite aguda. Quando vão ao supermercado e têm à frente uma embalagem de gel de duche, um champô, e um produto que faz a vez de ambos, qual é que escolhem?

Pois é, o 2 em 1! E embora a pele dos homens precise de mais hidratação do que a nossa, vê-los aplicar creme de rosto e loção de corpo é coisa rara (ou nunca vista). O hidratante de banho passou, então, a ser um must-have em casa.

Texto: Filipa Basílio da Silva