Pesa perto de 300 quilos, foi capturado ao largo da costa da cidade de Aomori no Japão e alcançou a 5 de janeiro um preço recorde no tradicional leilão de Ano Novo realizado no mercado de peixe de Tóquio. Um atum rabilho (também chamado atum azul) alcançou, em venda, a quantia de 2,7 milhões de euros (333 milhões de ienes), informou a agência Lusa. Contas feitas, uns astronómicos 9 mil euros por quilo antes da revenda.

Um valor excessivo mesmo para os parâmetros deste primeiro leilão do ano onde o preço de licitação arranca por tradição em valores exorbitantes. Uma venda que espelha a paixão que os nipónicos nutrem pelo maguro, o sushi de atum rabilho, especialmente apreciado pela sua gordura.

Este é o primeiro leilão a ter lugar no renovado mercado da capital japonesa, Tsukiji, o maior do mundo, transferido no final de 2018 do bairro de Chuo para uma ilha artificial construída na baía da mais populosa cidade nipónica.

O atum foi adquirido por Kiyoshi Kimura, responsável da cadeia de restaurantes Sushizanmai. Já em 2013 o mesmo licitante havia batido um recorde de preço ao oferecer perto de 1,2 milhões de euros por um espécime de atum semelhante. Um recorde que perdeu em 2018 para, no início de 2019, reivindicar de novo para si.

O atum rabilho, a maior entre as oito espécies de peixes tunídeos, pode atingir os três metros de comprimento e os 650 kg. Uma espécie que partilha as águas de três oceanos, o Atlântico, o Pacífico e Índico, pescada há centenas de anos.  Uma captura excessiva que reduziu a população que desova no Atlântico Ocidental em 64%. Isto desde a década de 1970.

De sublinhar que a União Internacional para a Conservação da Natureza incluiu o atum rabilho na lista de espécies ameaçadas.