Portugal regista esta segunda-feira mais 4.209 casos de COVID-19 e 24 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 21.063 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 3.262.618 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 762 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.785.374 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é a área do país com mais novas notificações, num total de 28,8% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.733 (+6), seguida do Norte com 6.447 óbitos (+12), Centro (3.737, +3) e Alentejo (1.178, +1). Pelo menos 690 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 188 mortes (+1) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 90 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 1.478 doentes internados, mais 82 face ao valor de ontem, e 102 em unidades de cuidados intensivos (UCI), igual ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 456.181 casos ativos da infeção em Portugal — mais 3.423 do que ontem.

A publicação da nova resolução do Conselho de Ministros e a atualização da Norma 015/2020 eliminam a vigilância de contactos pelas autoridades de saúde, pelo que esse valor deixou de ser referido no boletim diário.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.229.394 (+1.004), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.155.036 +1.211), da região Centro (491.016 +716), do Algarve (134.054 +402) e do Alentejo (117.228 +217).

Nos Açores existem 57.466 casos contabilizados (+253) e na Madeira 78.424 (+406).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 1.806,8 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes – inferior do que os 2.222,5 casos de sexta-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,75, superior aos 0,73 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,73. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13.650 registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.558), entre 60 e 69 anos (1.927) entre 50 e 59 anos (626), 40 e 49 anos (222) e entre 30 e 39 anos (55, =). Há ainda 19 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 11.080 são do sexo masculino e 9.983 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 566.078, seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 515.449, e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 501.030. Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 441.580 reportadas. A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 388.748, entre os 0-9 anos soma 339.357 e a dos 60 e os 69 anos tem 238.813 infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 142.422 e dos 80 ou mais anos, com 129.141 casos.

Desde o início da pandemia, houve 1.518.557 homens infetados e 1.741.159 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.902 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Segunda dose aumenta 10 vezes anticorpos que diminuem seis meses depois

A segunda dose de vacina contra a COVID-19 aumenta 10 vezes os anticorpos contra o SARS-CoV-2, mas seis meses depois regista-se uma diminuição de oito vezes desses anticorpos induzidos pela vacinação, concluiu um estudo do INSA. “Após a segunda dose da vacina, ocorreu um aumento de 10 vezes do título de anticorpos contra este vírus. Foi igualmente observado um aumento dos anticorpos neutralizantes do SARS-CoV-2 na mesma ordem de grandeza”, adiantou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo esta investigação, que acompanhou 132 profissionais do próprio INSA vacinados e/ou com infeção prévia pelo coronavírus SARS-CoV-2, cerca de seis meses após a vacinação primária completa, verificou-se uma “diminuição em oito vezes do título de anticorpos induzidos pela vacinação COVID-19, sendo esta diminuição menos acentuada para os anticorpos com capacidade para a neutralização do vírus”.

“Demonstramos que a primeira dose da vacina provocou uma resposta imunológica, embora uma segunda dose tenha sido essencial para promover a ligação e neutralização dos anticorpos SARS-CoV-2”, adiantam ainda as conclusões da investigação.

O INSA desenvolveu este estudo envolvendo profissionais de saúde do instituto com o objetivo de comparar os dados relativos aos anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2 após a vacinação.

Os resultados deste trabalho, agora publicados na revista científica Vaccines, “confirmam a existência de diferentes títulos de anticorpos de ligação e de neutralização ao longo do tempo”, adianta o instituto, ao considerar que a investigação “permitiu assim contribuir para o conhecimento científico na área da COVID-19”.

De acordo com o instituto, a investigação vai decorrer até que os profissionais envolvidos no estudo completem os 12 meses desde a vacinação, o que permitirá uma melhor avaliação da correlação entre os anticorpos de ligação e os anticorpos neutralizantes do vírus SARS-CoV-2.

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