Portugal regista esta segunda-feira mais 8.463 casos de COVID-19 e 35 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje

O número de novos casos é o mais baixo desde 27 de dezembro de 2021, também uma segunda-feira, em que foram registados 6.334 casos positivos.

Desde março de 2020, morreram 20.565 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 3.093.723 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 29.289 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 2.524.291 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 32,7% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.579 (+11), seguida do Norte com 6.280 óbitos (+16), Centro (3.643, +4) e Alentejo (1.148, +2). Pelo menos 663 (+2) mortos foram registados no Algarve. Há 176 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 76 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 2.364 doentes internados, mais 66 face ao valor de ontem, e 148 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos sete face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 548.867 casos ativos da infeção em Portugal — menos 20.861 do que ontem — e 589.289 pessoas em vigilância pelas autoridades — menos 13.194 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 1.187.897 (+2.764), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (1.098.923 +2.529), da região Centro (456.700 +1.333), do Algarve (123.399 +680) e do Alentejo (107.224 +313).

Nos Açores existem 48.062 casos contabilizados (+370) e na Madeira 71.518 (+474).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 4.989,6, casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - menos do que os 6.099,6 casos de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 0,81, inferior aos 0,88 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 0,80. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 13 323 registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.450), entre 60 e 69 anos (1.888) entre 50 e 59 anos (609), 40 e 49 anos (215) e entre 30 e 39 anos (55). Há ainda 19 mortes registadas entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.819 são do sexo masculino e 9.746 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 539.887 infeções, seguida da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 492.108, e da faixa etária dos 20 aos 29 anos com, 477.117. Logo depois, surge a faixa etária entre os 10 e os 19 anos, com 411.310 reportadas. A faixa etária entre os 50 e os 59 anos tem 371.322, entre os 0-9 anos soma 321.079 e a dos 60 e os 69 anos tem 226.269 infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 133.522 e dos 80 ou mais anos, com 121.109 casos.

Desde o início da pandemia, houve 1.443.591 homens infetados e 1.647.383 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.749 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Portugal décimo da UE e 16.º do mundo com mais contágios

Portugal passou de sexto para décimo país da União Europeia com mais novos casos diários de contágio com SARS-CoV-2 e passou nono para 16.º no mundo, segundo o 'site' Our World in Data. De acordo com os dados estatísticos atualizados à data de hoje, o Estado-membro com maior média de novos contágios por milhão de habitantes a sete dias continua a ser a Dinamarca, com 7.970, seguida dos Países Baixos (7.010), Letónia (5.240), Estónia (4.280) e Eslováquia (4.000).

Portugal apresenta uma média de 2.380 casos neste indicador, descendo dos 4.270 da segunda-feira passada. A nível mundial neste indicador, e considerando apenas os países e territórios com mais de um milhão de habitantes, no topo da lista encontra-se igualmente a Dinamarca, seguida dos Países Baixos, Letónia, Geórgia (5.010) e Islândia (4.820).

A média europeia neste indicador desceu esta semana de 2.450 para 2.000, enquanto a mundial baixou de 352 para 296.

Quanto à média de mortes diárias atribuídas à COVID-19, desceu esta semana em Portugal 5,1 para 4,3, abaixo da média europeia, que esta semana subiu de 4,3 para 4,7.

O Estado-membro com maior média de mortes diárias a sete dias é a Bulgária com 13,1, seguida da Croácia, com 11,7, da Hungria (9,1) Grécia (09) e Eslovénia (7,2).

A média europeia neste indicador está em 4,7 e a mundial em 1,3.

Bósnia-Herzegovina (13,6), Bulgária, Geórgia (12,3), Croácia e Macedónia do Norte (11,5), são os países com mais de um milhão de habitantes que apresentam as maiores médias de mortes diárias atribuídas à COVID-19 a nível mundial nos últimos sete dias.

Veja ainda: Estes são os vírus mais letais do mundo

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