"Lamento que até agora não tenhamos alcançado uma posição comum dos Estados-membros em relação às regras de viagem", declarou a chefe de Governo, numa conferência de imprensa em Berlim, junto da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"Agora temos esta situação em Portugal. Talvez tivéssemos podido evitá-la. É por isso que devemos trabalhar ainda mais", acrescentou, referindo-se à preocupação do governo português com o aumento do número de casos de COVID-19.

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No momento em que vários países europeus suavizam as medidas sanitárias, Portugal teve de tomar algumas restrições, proibindo entradas e saídas durante o fim de semana na Área Metropolitana de Lisboa.

Na semana passada, o país registou o nível de contágios diários mais alto desde fevereiro, mês em que Portugal começou a sair da terceira vaga da pandemia.

"Avançámos nos últimos meses", reconheceu Angela Merkel. "Mas não até onde eu gostaria que a União Europeia estivesse", frisou, dois dias antes da cúpula do bloco que acontece na quinta e sexta-feira.

É importante continuar a vacinar o mais rápido possível

Ursula von der Leyen considerou, por sua vez, que é apenas "uma questão de tempo" até que a variante Delta se torne dominante no continente. "É importante continuar a vacinar o mais rápido possível", frisou.

Os países da UE chegaram a um acordo para coordenar as suas medidas e facilitar as viagens dentro do bloco comunitário no verão, com a adoção de um certificado sanitário. Também preveem a possibilidade de voltar a impor restrições em caso de emergência.

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A partir de 1 de julho, qualquer pessoa que contar com um certificado sanitário europeu, atestando que foi vacinada, ou que conta com um teste negativo para coronavírus, ou que está imunizada após ter sido contaminada, deverá poder viajar dentro da UE sem precisar de testes suplementares, ou de cumprir quarentenas.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.074 pessoas e foram confirmados 866.826 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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