“[A] Ómicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem, tem uma capacidade de difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena”, afirmou Bolsonaro numa entrevista ao ‘site’ Gazeta Brasil.

“Dizem até que seria um vírus vacinal. (…) Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias — e não vinculadas a farmacêuticas – dizem que a Ómicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia”, acrescentou o Presidente brasileiro.

Ao ser questionado sobre medidas de redução de mobilidade que podem ser novamente adotadas por governos regionais para evitar a disseminação no vírus no país, Bolsonaro afirmou ser contra e que no entendimento do Governo “o que está salvando o Brasil é a imunidade de rebanho”.

“Eu, por exemplo, não estou vacinado e estou muito bem”, comentou.

O chefe de Estado brasileiro também voltou a defender o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, que integram o chamado “tratamento precoce” e incluem substâncias como a ivermectina e a cloroquina.

O Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia no mundo e já registou mais de 620 mil mortes e pelo menos 22,6 milhões de casos.

A covid-19 provocou 5.503.347 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.