Os cancros da pele mais frequentes são o carcinoma basocelular, seguido do carcinoma espinocelular e em terceiro lugar o melanoma. O diagnóstico e tratamento precoce permitem a sua cura.

Cancro de pele: tudo o que precisa de saber para evitá-lo
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"Se diagnosticados mais tarde dão origem a cirurgias mais mutilantes ou mesmo à morte, sobretudo o melanoma ou formas avançadas do carcinoma espinocelular. É previsível que possam ocorrer este ano mais de 100 mortes por cancros da pele não tratados atempadamente", alerta o médico Osvaldo Correia, especialista em Dermatologia e secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro da Pele (APCC), a propósito do Dia Mundial do Melanoma que se comemora hoje.

"A maioria destes cancros da pele estão relacionados com a exposição solar exagerada ou inadequada ao longo da vida, seja por motivos profissionais ou de lazer (como as atividades desportivas ao ar livre no horário inadequado ou sem a correta proteção solar, sobretudo com o chapéu e vestuário que cubra toda a pele, incluindo antebraços e decote)", frisa ainda o dermatologista.

Mais casos de cancro de pele em pessoas jovens

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Mais de uma centena de casos de cancro de pele, 19 dos quais melanoma, foram detetados em 2017 no rastreio nacional, que observou 1.548 pessoas, a maioria mulheres. Comparando com 2010, observou-se um “aumento significativo” das manchas solares, que passaram de 37% nesse ano, para 43% em 2017 e das queratoses actínicas, que subiram de 5% para 10 para dez por cento.

Para este médico, os mais jovens também têm de estar atentos, porque estão a ser detetados cada vez mais casos cancros de peles em pessoas com 30 e 40 anos.

Da população rastreada, 39% disseram praticar desporto ao ar livre, sobretudo os homens, e 6% contaram já ter sofrido queimaduras enquanto praticavam desporto. “É importante que as pessoas percebam que mesmo a caminhar, a correr ao ar livre, sobretudo nas horas piores, têm de proteger-se com chapéu e usar manga comprida”, salientou.

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Para sensibilizar a população, a APCC criou um “Roteiro de Verão”, liderado por dermatologistas, com apoio de vários voluntários, que irão percorrer nos fins de semana de julho praias marítimas ou fluviais de todo o país, levando “mensagens concretas de proteção solar adequada” e explicando como se diagnostica precocemente os diferentes cancros da pele.

“Todos devem fazer o autoexame que tem regras próprias e saber o que valorizar”, disse Osvaldo Correia, aconselhando as pessoas a tirarem fotos aos sinais e compararem-nos: "se houver uma lesão nova ou que modificou ou é estranha recorra ao dermatologista para esclarecer se é uma lesão de risco que tem que se tirar ou não”.

Estas são as pessoas com maior risco de desenvolver cancro de pele

  • Indivíduos de pele clara ou propensa a queimaduras
  • Que sofreram queimaduras solares na infância, adolescência ou adultos jovens
  • Que estão ou costumavam passar demasiados tempo expostos ao sol ou expostos a sol intenso e durante períodos curtos de tempo (“férias relâmpago” em locais com índice UV elevado)
  • Que frequentaram solários
  • Os que têm mais de 50 sinais (nevos) na pele
  • Com antecedentes familiares de cancro da pele
  • Homens com mais de 50 anos, sobretudo com os fatores de risco acima referidos
  • Transplantados de órgãos

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