É o cancro mais frequente nos homens entre os 20 e os 39 anos, representando 0,8% dos tumores de que são vítimas, de acordo com estatísticas internacionais. É frequente aparecer um alto ou uma inflamação num testículo, pelo que se deve acudir ao médico perante qualquer mudança ou dilatação num testículo. Dor e incómodo no escroto e sensação de peso na bolsa escrotal é outro sintoma típico, associado a uma dor no abdómen inferior ou na virilha.

Quem corre maiores riscos

A idade mais frequente de aparecimento é entre os 20 e os 39 anos, apesar deste ser a principal causa de morte relacionada com cancro em indivíduos do sexo masculino entre os 15 e os 35 anos, surgindo anualmente cerca de uma centena de novos casos. Há maior risco em homens com pai ou irmãos que tenham tido este tumor e ter padecido de um cancro do testículo prévio pressupõe um aumento das possibilidades de vir a tê-lo no outro testículo.

Para além disso, certas anomalias congénitas predispõe para este cancro, como a criptorquidia (ausência de um ou ambos os testículos na sua posição natural, por terem ficado retidos no canal inguinal ou no abdómen) ou malformações do pénis, testículo ou rins.

Como prevenir

É essencial fazer regularmente um autoexame e ir ao médico perante qualquer um dos sintomas mencionados anteriormente, sobretudo quando se trata de homens jovens. Apesar de não existir nenhum exame de deteção específico, o recurso a métodos de diagnóstico complementares, como a exploração física, a transiluminação ou as ecografias permitem a deteção precoce deste tipo de tumor.

Nos pacientes com risco já identificado, é fundamental cumprir todos os check-ups agendados. Para além disso, o autoexame é importante e todos os homens devem observar e palpar os seus testículos pelo menos uma vez por ano.

Avanços médicos que geram uma nova esperança: 

- O marcador AP2 gamma

A presença de uma proteína característica destes tumores (AP2 gamma) no sémen pode denunciar a presença deste tumor, inclusive nos casos de pacientes muito jovens e com ausência de outros sintomas. Contudo, um resultado negativo não exclui tumor testicular de células germinativas.

- O efeito Armstrong

A recuperação de Lance Armstrong, ciclista hexacampeão do Tour de France que sofria de cancro no testículo, é o paradigma do que pode ser conseguido em centros de tratamento altamente especializados.