Lavar e/ou desinfetar regularmente as mãos ao longo do dia é a medida mais efetiva para prevenir a infeção por SARS-CoV-2 na origem da covid-19, assegura a Direção-Geral da Saúde. As gotículas, as secreções e os aerossóis das pessoas infetadas podem depositar-se nos objetos e nas superfícies que as rodeiam quando espirram ou tossem, pelo que a lavagem ajuda a eliminar os vírus que estiverem nas suas mãos. A par desta, existem contudo outras medidas preventivas a adotar.

1. Proteger a boca e o nariz ao tossir ou ao espirrar

Mesmo que já tenha interiorizado o hábito de as ir lavando e desinfetando com regularidade ao longo do dia, nunca use as mãos para proteger a boca e o nariz ao tossir ou ao espirrar, pois elas são um dos principais veículos de transmissão da doença. Utilize, antes, um lenço de papel ou o antebraço. Deite, depois, o lenço para o lixo e lave sempre as mãos a seguir a tossir ou espirrar.

"Quando tosse, espirra ou fala, liberta gotículas, secreções ou aerossóis que podem ser inspirados por outras pessoas ou depositar-se em objetos e superfícies que o rodeiam. Com estas medidas de etiqueta, consegue proteger as outras pessoas", assegura mesmo um artigo publicado no site da revista Prevenir que reúne algumas das principais estratégias de prevenção da Direção-Geral da Saúde.

2. Evitar o uso desnecessário de máscara cirúrgica

Em Portugal, na presente conjuntura, não está indicado o uso de máscara para proteção individual. As únicas exceções são as pessoas com tosse ou espirro, sintomas de infeção respiratória, assim como os suspeitos de infeção por coronavírus e as pessoas que prestem cuidados a suspeitos de terem contraído covid-19. O uso desnecessário de máscara cirúrgica pode conferir uma falsa sensação de segurança.

Até à data, a Organização Mundial da Saúde não tem aconselhado o seu uso porque a máscara mal colocada e mal retirada não funciona. Para além disso, pode levar à acumulação de vírus. O contacto das mãos com a máscara contaminada também leva à propagação da doença. As pessoas que possam estar infetadas devem, todavia, colocar uma máscara para evitar contagiar as que não estão infetadas.

3. Manter a distância social

De acordo com o que os investigadores conseguiram apurar até agora, o novo coronavírus é transmitido entre pessoas através de gotículas, secreções e aerossóis infetados. Mantenha-se a, pelo menos, um metro de distância de pessoas que apresentem sintomas como a tosse, a febre ou os espirros e evite também locais com aglomerados e multidões. Não partilhe objetos nem comida ou bebida.

4. Cumprir o isolamento profilático voluntário

Se se sentir doente e/ou lhe for recomendado o isolamento profilático, como tem vindo a suceder um pouco por todo o mundo, fique em casa. Além de não ir para o trabalho ou para a escola, também não deve frequentar locais públicos nem receber visitas em casa. Se vive com outras pessoas, permaneça num quarto separado e, se possível, com casa de banho própria, que não deve nunca partilhar.

Nessa impossibilidade, faça a higienização frequente dos objetos e das superfícies das diferentes divisões da habitação. Não partilhe objetos domésticos, especialmente os talheres, os copos ou as roupas de cama. Se possível, tome as refeições no quarto. Use o telemóvel para se atualizar e manter o contacto social mas tenha cuidado com os locais onde o pousa e limpe-o sempre que ligar ou atender.

5. Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos

A covid-19, a doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 que está a assustar o mundo, transmite-se através de gotículas libertadas pelo nariz ou boca quando falamos, tossimos ou espirramos, que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. Essas gotículas também podem depositar-se nos objetos e/ou nas superfícies que rodeiam a pessoa infetada e depois infetar outras.

Depois de tocar nesses objetos e/ou nessas superfícies, muitos tendem a levar instintivamente as mãos aos olhos, ao nariz ou à boca, um erro que é importante que interiorize e que procure evitar a todo o custo. Em caso de dúvida, ligue imediatamente para a linha telefónica Saúde 24 ou consulte o site da Direção-Geral da Saúde. Se procurar informação na internet, certifique-se que as fontes são fidedignas.