Como sabemos que o nosso limite é o adequado aos resultados que queremos? Como é que vamos saber se não há nada, mesmo nada, que nos leve mais além?

Na verdade, muitas vezes não sabemos. Sobretudo em comunicação.

Esta semana, enquanto subia ao palco um conjunto de trainees com quem trabalhei, pensei no quanto todos trabalharam. Muito. Tanto trabalho de todos para impactos tão diferentes.

Dei comigo a pensar por que razão tanto trabalho e empenho leva a resultados tão diferentes entre si? O que há de realmente diferenciador nos registos que mais marcam? A conclusão ganhou consistência. Saltou-me à vista o risco.

O ponto de partida, no caso da comunicação, não é uma apresentação que tem de ser feita. O ponto de partida é: como é que vou contar a minha história da forma mais marcante? É como se soubesse que tenho o fogo de artifício, pelo que vou lançá-lo!

Há pessoas que assumem naturalmente a tarefa de arriscar. Porque sabem que já que foram desafiadas, já que se vão sentir desafiadas, então querem deixar uma marca. Então vão impressionar.

É neste ponto que começa o trabalho de verdade. E o esforço deixa de pesar. Deixa de haver uma luta contra o esforço, para dar lugar a um foco nos resultados. Passamos do desafio doloroso ao sorriso matreiro. E há uma enorme distância entre estes dois pólos. É o que separa uma apresentação muito competente de uma outra totalmente disruptiva.

Perguntam agora: e quem tem esta faísca? Todos nós, tenho a certeza. Se procurarmos esta faísca, melhor se a deixarmos brilhar, vamos ter resultados brilhantes.

O que temos de fazer? Ouvir esta nossa voz que nos provoca. Aceitar que podemos ir além das marcas. Saber que sendo nós especialistas dos nossos temas, podemos contornar ordens. Podemos surpreender com metáforas. Criar histórias e anedotas. No fim, o melhor de tudo, é sermos surpreendidos pelos nossos próprios registos e resultados.

Cláudia Nogueira
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