“Em média são tiradas 10 cargas por mês de entulho e monstros [resíduos, móveis, televisões, colchões, entre outros artigos] nos três municípios [que compõe o Parque das Serras do Porto]. Em Gondomar, tiramos pelo menos sempre uma por semana”, disse Marco Martins à agência Lusa.

Uma “carga” depende do volume dos resíduos recolhidos, estimando o autarca que esta ande em média pelas três toneladas.

De acordo com o autarca de Gondomar – concelho que, a par de Valongo e Paredes, compõe o Parque das Serras do Porto, um território de cerca de 6.000 hectares, que abrange as serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, classificado como Paisagem Protegida – este é um dos “problemas” que poderão motivar iniciativas no futuro, como ações de sensibilização ou atuação através de multas.

Também conhecido por “Pulmão Verde” da Área Metropolitana do Porto, o projeto de constituição deste parque foi aprovado em reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) em abril de 2015, enquanto em junho do mesmo ano, no “cruzamento” dos trilhos que ligam Gondomar, Valongo e Paredes, em plena serra, foi assinado um protocolo de cooperação.

O projeto Parque das Serras do Porto integra uma equipa técnica intermunicipal com elementos de três câmaras, sendo coordenado pela arquiteta Teresa Andresen que elaborou o Plano de Gestão do Parque das Serras do Porto, o qual foi aprovado em novembro do ano passado.

Questionado sobre a “pegada ecológica” que é deixada nas serras de Gondomar, Marco Martins lamentou o lixo que é deixado, bem como os estragos causados, entre outros, por alguns praticantes de desporto motorizado.

Quanto a regulamentos municipais, o presidente da Câmara de Gondomar apontou que estes “estão em discussão pública”, sendo que em Gondomar as coimas, de acordo com a proposta camarária, podem variar entre os 500 e os 30 mil euros.

O autarca também avançou que a Associação Parque das Serras do Porto, que junta os concelhos de Gondomar, Paredes e Valongo, candidatou-se, junto do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, à criação de três Brigadas de Sapadores Florestais, num total de 15 homens.

“O objetivo é que façam a patrulha do parque, limpeza e vigilância”, referiu o autarca.