As Casas Reais europeias procuram manter a transparência máxima no que diz respeito a questões financeiras.
Na Noruega, por exemplo - conforme destaca a revista Vanitatis - a realeza é obrigada a rejeitar presentes que venham de organizações lucrativas e publica uma lista de todas as ofertas acima de 90 euros no website da realeza.
Ora, o mesmo não acontecia na Dinamarca. Pelo menos... até agora.
A mudança aconteceu na sequência de uma polémica gerada à volta de uma pulseira que o rei Frederico X usou durante a sua proclamação, no dia 14 de janeiro.
Segundo a publicação, a pulseira foi um generoso presente da empresa Shamballa, facto que levou especialistas em realeza e a imprensa do país a exigir mais transparência por parte do monarca.
"A família real tem poder. E em todos os tipos de contextos em que são exercidos cargos públicos, presentes não devem ser aceites", defendeu Jesper Olsen, presidente da Transparency International Denmark, em declarações ao canal noticioso dinamarquês DR Nyheder.
Na opinião do entrevistado, os membros da família real deveriam parar de aceitar ofertas deste género, até porque pode transmitir uma ideia errada - a de que o ofertante poderá conseguir algum tipo de vantagem.
De acordo com a imprensa, a rainha Mary já recebeu vários vestidos e malas de marcas de luxo. Em 2002, por exemplo, a rainha Margarida também foi presenteada com um casaco de vison por parte de uma empresa privada. Já Frederico X recebeu em 2007 um barco avaliado em 360 mil euros.
Tendo em conta a polémica, a Casa Real anunciou agora uma mudança, garantindo que as regras relativas aos presentes serão revistas. As mesmas deverão ser comunicadas em breve no website da família real.
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