Os advogados das mulheres que acusaram o antigo proprietário da loja Harrods, Mohamed Al-Fayed, de violência sexual, receberam "mais de 150 novos pedidos" de informação, após a emissão de um programa da BBC sobre o assunto, adiantaram hoje.

A informação seguiu-se a uma conferência de imprensa, realizada na sexta-feira, na qual os advogados denunciaram "um quarto de século de agressões sexuais".

Pelo menos 37 mulheres acusam Mohamed Al-Fayed, que morreu no ano passado aos 94 anos, de violação e agressão sexual. Pelo menos cinco delas afirmam ter sido violadas por Al-Fayed, que era o pai do último companheiro da princesa Diana, Dodi, que morreu em Paris, a 31 de agosto de 1997, no acidente de viação que vitimou o casal.

A equipa de advogados que representa as vítimas recebeu "mais de 150 novos pedidos" de informação desde que a BBC transmitiu um programa intitulado 'Al-Fayed: Um predador no Harrods', na quinta-feira à noite. São pedidos de "sobreviventes e pessoas com provas sobre Al-Fayed", disseram à AFP.

O site do Harrods disponibiliza agora um formulário para as vítimas preencherem.

"Se desejar apresentar uma queixa, o Harrods tem um procedimento estabelecido, com a ajuda de advogados externos especializados", afirmaram.

Mohamed Al-Fayed, nascido a 27 de janeiro de 1929 num modesto subúrbio de Alexandria, no Egito, passou grande parte da sua vida no Reino Unido, onde se tornou proprietário do Harrods em 1985 e do clube de futebol Fulham FC entre 1997 e 2013.

Segundo a BBC, já tinha sido acusado de atos semelhantes e a polícia abriu uma investigação de violação em 2015.

Mas o pai do último namorado da princesa Diana, Dodi, que morreu com ela num acidente de viação em Paris, a 31 de agosto de 1997, nunca foi acusado.