“Posso confirmar que este será o maior evento que a polícia de Londres alguma vez teve de liderar”, afirmou hoje aos jornalistas o Comissário Adjunto, Stuart Cundy.
A operação da próxima segunda-feira, acrescentou, “é maior do que os Jogos Olímpicos de 2012, e maior do que o fim-de-semana do Jubileu de Platina”, a celebração dos 70 anos de reinado da monarca, que teve lugar no início de junho, acrescentou.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Londres, Sadiq Khan, a polícia de Londres foi reforçada com agentes que todas as 43 forças policiais de Inglaterra e País de Gales.
Foram também mobilizados soldados dos vários ramos das forças armadas, nomeadamente Exército, Força Aérea e Marinha, e centenas de trabalhadores para prestar assistência nas ruas.
Os planos para a eventualidade de a rainha morrer, o que aconteceu em 08 de setembro, “estão em preparação há vários anos”, disse à estação Sky News. “Este funeral não tem precedentes. É o maior encontro de líderes mundiais em décadas e, em cima disso, existem centenas de milhar, se não milhões de pessoas que vieram prestar homenagem”, afirmou.
O funeral de Estado, o primeiro desde a morte de Winston Churchill, em 1965, terá lugar na Abadia de Westminster às 11:00 (mesma hora em Lisboa), perante 2.000 convidados, incluindo líderes internacionais, personalidades e populares condecorados por serviço à comunidade.
36 quilómetros de barreiras
Mais de 2.000 agentes de todo o país foram recrutados para ajudar a Scotland Yard, adiantou Stuart Cundy, e a polícia irá instalar mais de 36 quilómetros de barreiras no centro de Londres, onde se esperam centenas de milhares de pessoas. “Em termos de números e possíveis movimentos de multidões, com pessoas a serem empurradas e esmagadas, isto é algo que é constantemente monitorizado pelos comandantes da polícia”, vincou.
Para além das enormes multidões, o grande número de ‘VIP’ [Very Important People – Pessoas Muito Importantes] que viajarão até Londres representará um desafio adicional. “Esta será a maior operação de protecção global que a polícia de Londres alguma vez realizou”, disse Stuart Cundy.
Até agora, 34 pessoas foram presas por vários delitos, mas nenhuma por se ter manifestado contra a monarquia, insistiu Cundy. “Assegurámos que todos os nossos oficiais destacados em Londres compreendem que é claro que as pessoas têm o direito de se manifestar”, acrescentou.
Isabel II morreu a 08 de setembro aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos no trono, o mais longo reinado da história do Reino Unido, e o corpo encontra-se em câmara ardente no edifício do parlamento britânico, em Londres, até segunda-feira.
Um funeral de Estado com a presença de dezenas de chefes de Estado e de governo internacionais terá lugar na segunda-feira na Abadia de Westminster, em Londres.
A urna com o corpo da Rainha será finalmente depositada, durante um evento privado para reservado à família, num jazigo no Castelo de Windsor onde se encontram os restos mortais dos pais e da irmã, e para onde será transferido o caixão do marido, príncipe Filipe, que morreu aos 99 anos em 2021.
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