
'As Pequenas Grandes Coisas' é o novo álbum de Vitor Kley, um trabalho que, segundo o próprio, "é um chamado para estarmos atentos ao agora, aos detalhes da vida, às coisas que parecem pequenas, mas que na verdade são as que mais importam".
Estivemos à conversa com o cantor, intérprete de sucessos como 'O Sol' e 'Morena', sobre este novo disco.
'De Novo' e 'Que seja de Alegria' são os seus novos singles. Porquê estes nomes?
Sempre que eu escolho um título penso no que vai marcar mais as pessoas, no que faz sentido...
O Vitor canta a "vida é tão bonita". Num mundo cada vez mais confuso e agitado, é fácil ver este lado da vida?
Não, não é fácil, mas acho que temos de olhar pelo lado positivo, ter sempre esperança que as coisas vão ficar bem. O mundo está cada vez mais veloz, com os valores invertidos para algumas pessoas e é por isso que acho importante valorizar a vida e as coisas bonitas. É acender velas para o mundo ficar mais iluminado. Quem sabe, possamos contagiar positivamente as pessoas e trazer a paz no meio do caos.
'Carta marcada' é um dos novos temas mais ouvidos. O que é que nos pode dizer sobre ele?
O tema foi escrito por seis compositores, eu e mais cinco. É como se fosse uma novela, uma pessoa que duvida de um homem, como se ele a tivesse traído, e no fim ele não fez nada. É uma música 'bem novela', porque é uma bossa nova, é uma sonoridade diferente que quis trazer para este álbum.
Durante a gravação deste álbum perdeu o seu pai, o seu "farol", como cantou na música que lhe dedicou. Esta perda ajudou-o a perceber a importância das "pequenas grandes coisas?"
Acho que sempre tive a visão da importância das pequenas grandes coisas, mas quando se perde alguém que se ama começa a prestar-se mais atenção, a ficar mais sensível, a querer aproveitar as pessoas ao nosso redor, a querer aproveitar a vida...
Eu vejo que ele está acompanhar-me por onde eu vou e isso é muito bonito. Fiquei mais espiritualizado, com mais força, mais amor no coração. É lógico que dói, mas faz a gente evoluir, ficarmos mais fortes.
Uma vez mais está de regresso a Portugal. É bom voltar?
Estou muito feliz por poder cantar as novas canções. Eu amo este país, este lugar, estas pessoas. Sempre fui muito bem recebido, faz anos que venho para cá, então sinto-me em casa.
Acredito que à medida que vai lançando novos discos/singles apresenta uma nova versão sua. Quem é o Vitor agora?
O Vitor agora é um 'cara' mais maduro, estou a ficar mais velho. Tenho vivido novas experiências, saí de uma gravadora [editora], sou um artista independente e estou muito à vontade para mostrar os meus outros lados musicais. O Vítor de agora reflete muito mais sobre a vida, conversa sobre assuntos de valor, não que antes não falasse, mas agora [falo] cada vez mais. Vejo que o Vítor de agora é uma evolução do antes. Tenho muito mais certeza do que estou a fazer, por onde estou a caminhar.
Qual a diferença que sente ao atuar em lugares maiores e mais pequenos?
Dou a vida em todos os espetáculos, dou o meu máximo em todos os lugares e sempre espero que o público entregue o máximo dele. Cada lugar tem o seu tipo de calor, em alguns as pessoas são mais observadoras e noutros são mais calorosas, mas eu amo tocar em todos. Amo conhecer as comunidades mais pequenas, têm o seu ADN, gastronomia, a sua forma de levar a vida. Acho que me adapto e me identifico com os dois.
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