Um estudo recente comparou pais de filhas e pais de filhos em termos de comportamento em relação aos cuidados diários observados em ambiente natural e as respostas neurológicas a estímulos através de imagens das filhas e filhos.
O estudo, realizado pela Universidade de Emory, gravou trechos de conversas entre os pais e os seus filhos de 3 anos, durante 48 horas. Os investigadores analisaram os diferentes tipos de palavras e comportamentos que os pais tinham com os seus filhos, e também realizaram exames neurológicos aos pais para observarem as suas reações perante fotografias dos seus filhos, com expressões de felicidade, tristeza e neutra.
Após analisarem os dados, descobriram que os pais de filhas usavam uma linguagem mais analítica quando falavam com elas, e palavras como "muito" e "melhor". Com os filhos, os pais tinham tendência para usar mais palavras ligadas à competição, como "ganhar" e "top".
Os pais também discutiam mais assuntos relacionados com situações tristes com as filhas do que com os filhos, e envolviam-se em brincadeiras mais físicas com os rapazes do que com as raparigas.
Quando os pais eram confrontados com imagens felizes das filhas reagiam neurologicamente de forma mais intensa, enquanto que com os rapazes eram imagens de expressões faciais neutras que provocavam uma reação emocional mais forte.
Para a líder do estudo, Jennifer Mascaro, "devemos estar cientes dos preconceitos que temos em virtude da nossa cultura, e preparar os nossos filhos para o mundo de forma menos tendenciosa".
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