O regresso às aulas está agendado para breve, mas a evolução da situação epidemiológica, que levou ao encerramento dos estabelecimentos de ensino em março, ainda é incerta.

Segundo o inquérito realizado pelo Observador Cetelem Regresso às Aulas, na eventualidade de vir a ser necessário um novo confinamento, o que mais preocupa os encarregados de educação no sistema de ensino não-presencial é a dificuldade em acompanhar a aprendizagem dos alunos (62%), com especial incidência entre aqueles que têm estudantes entre o 1º e o 4º ano (67%).

Talvez por isto mesmo os encarregados de educação sejam da opinião que voltará a ser necessário mais acompanhamento dos professores e tutorias (73%) para ajudar as famílias, assim como apoios para a aquisição de equipamentos para o ensino não presencial (60%); e a manutenção do regime de trabalho remoto dos encarregados de educação (26%) – ganhando mais expressão entre os que têm a seu cargo alunos no pré-escolar (36%).

No cenário de necessidade de confinamento, os encarregados de educação estão ainda preocupados com a falta de interação dos estudantes a seu cargo com os seus colegas (11%), o possível impacto nos seus trabalhos (9%) mas também o impacto psicológico na família (6%).

Apesar das circunstâncias, metade (52%) dos encarregados de educação dizem que o decurso do ano letivo anterior correu bem; 37% diz que não correu nem bem, nem mal; e 10% dizem que correu mal. Quem tem estudantes na Pré (60%), Secundário (59%) e Universidade (60%) avalia mais positivamente.

Para auxiliar durante esse período 62% dos encarregados de educação dizem que os estudantes a seu cargo recorreram às plataformas de apoio disponibilizadas pelas escolas. 29% utilizou plataformas para trabalhos em grupo e 24% utilizou plataformas de editoras.

No total, 1/5 dos encarregados de educação dizem que tiveram gastos em ferramentas de apoio ao estudo em casa, sendo o valor médio de gastos de 245 euros em ferramentas digitais como, por exemplo, acessos pagos a plataformas de ensino, apps, aquisição de computadores, entre outras. Os estudantes do ensino superior foram os que mais investiram (349€).